Depoimentos

Roseli de Borba Pereira

Minha história começou em 2010, como sempre, faço a mamografia uma vez por ano. Em 2011, com 51 anos, apareceu um nódulo no meu seio esquerdo, examinado por dois médicos e diagnosticado como cisto. Até que um dia ficou uma mancha escura, procurei uma médica que, apenas ao apalpar com a mão, ela já s...
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15 de outubro de 2018

Roseli de Borba Pereira

Minha história começou em 2010, como sempre, faço a mamografia uma vez por ano. Em 2011, com 51 anos, apareceu um nódulo no meu seio esquerdo, examinado por dois médicos e diagnosticado como cisto. Até que um dia ficou uma mancha escura, procurei uma médica que, apenas ao apalpar com a mão, ela já sentiu algo diferente, e com urgência pediu para fazer alguns exames.

Abraçou-me e logo ali senti que algo estranho estava acontecendo. Na ultrassonografia constou que eu estava com um nódulo estranho como BI-RADS V. Fiquei apavorada, nunca vou me esquecer desse dia que estava no banheiro e pensei que não iria conseguir e ali senti uma voz dizendo que eu iria superar tudo isso.

Fiz tudo correto como deveria ser, marquei a cirurgia dia 29 de março de 2012, e então ocorreu tudo bem. Comecei os tratamentos com quimioterapia vermelha a cada 21 dias e radioterapia durante 30 dias seguidos. Senti-me muito amada e, com o apoio da minha família, me senti mais segura e mais perto de Deus. Então conheci a Associação amor Próprio do Câncer, onde me ajudaram bastante e estou até hoje lá, fazendo trabalho voluntário, que faz que eu sinta uma enorme alegria.

15 de outubro de 2018

Silvana Stiliano

Na manhã de uma quinta-feira, percebendo que a cada dia meus cabelos caiam cada vez mais, decidi encarar que aquilo que estava acontecendo – a queda dos cabelos e todos os demais efeitos ruins do tratamento – fazia parte de um processo que deveria acontecer para que eu me curasse. Foi qu...
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15 de outubro de 2018

Silvana Stiliano

Na manhã de uma quinta-feira, percebendo que a cada dia meus cabelos caiam cada vez mais, decidi encarar que aquilo que estava acontecendo – a queda dos cabelos e todos os demais efeitos ruins do tratamento – fazia parte de um processo que deveria acontecer para que eu me curasse. Foi quando gravei o vídeo que expôs o desafio pelo qual estou passando e prometendo a mim mesma ter força perante ele.

O retorno que recebi de milhares de amigos, alguns conhecidos outros não, relatando o quanto este posicionamento os havia feito mudar suas perspectivas diante dos mais variados problemas me surpreendeu. Desse movimento nasceu a página CA Talks – Falando sobre Câncer, que traz depoimentos de pessoas que enfrentam ou enfrentaram o câncer, com mensagens focadas nos comportamentos e atitudes que fizeram ou estão fazendo a diferença durante o tratamento.

15 de outubro de 2018

Rílvia Santiago

Eu sou a Rilvia, tenho 36 anos, sou professora universitária, casada e ainda não tenho filhos. Quando soube do meu diagnóstico, eu não conhecia ninguém jovem que tivesse tido câncer de mama e decidi criar uma página no Facebook também para alertar mulheres jovens a se cuidarem desde cedo: Câncer de...
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15 de outubro de 2018

Rílvia Santiago

Eu sou a Rilvia, tenho 36 anos, sou professora universitária, casada e ainda não tenho filhos. Quando soube do meu diagnóstico, eu não conhecia ninguém jovem que tivesse tido câncer de mama e decidi criar uma página no Facebook também para alertar mulheres jovens a se cuidarem desde cedo: Câncer de Mama não tem idade!(www.facebook.com/cancerdemamanaotemidade).

Achei difícil acreditar que estava com câncer de mama aos 33 anos. Achei muito injusto isso acontecer comigo e me perguntei: “Por que eu? Por que comigo?” Mas, após passar o choque inicial, vi que eu não poderia passar por isso tudo sem fazer nada pelas outras pessoas. Então, durante meu tratamento conheci muitas meninas que assim como eu, tiveram câncer de mama muito jovens e estavam cheias de dúvidas sobre tudo: tratamento, feminilidade,fertilidade, sexualidade, volta ao trabalho… Temas que não eram muito falado sem outros grupos.

Então convidei algumas meninas para montarmos um grupo para mulheres JOVENS que estavam passando por isso: Grupo Pérolas Rosas. Foi maravilho! Éramos 5 meninas ano passado e hoje somos mais de 80 meninas e fazemos parte da Rede Mama do Ceará.

Dividimos alegrias, angústias, medos, novidades, dicas… Esse Outubro Rosa (2016), participamos de muitas ações aqui em Fortaleza. Sinto-me imensamente grata de poder ajudar outras meninas. Me exponho contando minha estória na tentativa de salvar pelo menos uma vida. Sabemos que quanto antes descobrirmos melhor é o tratamento e maiores as chances de cura. Então quando uma menina se dá conta que pode sim acontecer com ela, é provável que ela se toque, conheça seu corpo e perceba se algo errado aparecer.

Ainda estou em tratamento, fiz quimioterapia em 2014, radioterapia, operei a mama e tirei os linfonodos. Hoje eu já voltei a trabalhar, meu cabelo cresceu, meus valores mudaram, ainda não perdi o peso que adquiri durante as quimios, estou na hormonioterapia tomando tamoxifeno e zoladex e esperando ansiosamente para poder ter filho.

Com certeza, o que me ajudou a passar por esse tratamento que é tão longo e muitas vezes desgastantes, foi ter levado tudo com muito otimismo, bom humor e fé em Deus e, também, ter tido o apoio da minha família, amigos e em especial meu marido, Andrei Levine.

#outubrorosa #cancerdemamanaotemidade #perolasrosas

15 de outubro de 2018

Elaine Cristina

Olá meninas! Para as meninas que ainda não conhecem a minha história, eu me chamo Elaine, tenho 41 anos, casada (muito bem casada) e mãe da Isabela, de 14 anos,e do Isaque, de 9 anos. Novembro de 2011: tudo começou quando mudei de cidade, aí tive que trocar de ginecologista. Como era uma nova pacien...
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15 de outubro de 2018

Elaine Cristina

Olá meninas! Para as meninas que ainda não conhecem a minha história, eu me chamo Elaine, tenho 41 anos, casada (muito bem casada) e mãe da Isabela, de 14 anos,e do Isaque, de 9 anos.

Novembro de 2011: tudo começou quando mudei de cidade, aí tive que trocar de ginecologista. Como era uma nova paciente ela me pediu uma bateria de exames e um deles foi ultrassom da tireoide, que acusou 2 nódulos suspeitos. Fiz punção e deu 85% de malignidade. Nesse período senti um caroço na minha mama esquerda, comentei com a ginecologista e ela pediu um ultrassom onde relatava normalidade. Ela então pediu que para eu ficasse tranquila e focasse no tratamento da tireoide.

Fevereiro de 2012: fui para o bloco cirúrgico fazer a tireoidectomia (retirada total da tireoide), pois bem, o CA da tireoide é tranquilo, o tratamento é Iodo. Tomei a dosagem de iodo e fiquei isolada por 15 dias. Depois disso é só ajustar os hormônios com levotiroxina pelo resto da vida. Aquele caroço da minha mama não saía da minha cabeça. Voltei novamente na ginecologista e ela me pediu o ultrassom: o nódulo estava do mesmo tamanho e tudo dentro da normalidade. Ela me pediu então uma punção na qual deu material insuficiente.

A médica disse: “Tá vendo Elaine? Não é nada serio, fique tranquila”. Mas aquilo começou a me incomodar. Eu passava o dia inteiro pensando no maldito caroço. Falei então para o meu marido que iria procurar um mastologista e pedir pra tirar aquilo de mim. Então saí pela busca, passei por uns quatro mastologistas e nenhum deles quis me operar, pois os exames estavam dentro da normalidade.

Até que em outubro de 2012 fui na Dra. Renice Fontes Valadares que, mesmo achando que não era nada, respeitou a minha decisão de tirar e tiramos. Para a nossa surpresa,qual foi o resultado? CARCINOMA LOBULAR INVASOR. Foi uma corrida contra o tempo:exames mais exames até que em novembro de 2012 fizemos o quadrante e o linfonodo sentinela que pela graça de Deus deu negativo.

Passei pelo oncologista para saber qual tratamento iria fazer. Como o tumor que eu tive foi 0,8 cm, ele não me passou quimioterapia, apenas 30 sessões de radio. Como o Tumor era positivo para hormônio, passou também tamoxifeno por 5 anos. Graças a Deus já estou há 3 anos e 10 meses tomando o remédio.

Enfim,meninas, essa é a minha história com câncer. Tive muitos momentos de angústia,dor na alma, medo do amanhã, mas Deus e minha família me deram força a todo o momento e em nenhum deles eu perdi a minha fé! Com o câncer eu pude conhecer tanta gente boa, me tornar uma pessoa melhor, ter mais tempo com a minha família…

Em julho de 2016 fiz um exame de genética BCRA 1 e BCRA 2 que deu positivo (tenho a mutação para desenvolver câncer de mama e de ovários). Em agosto do mesmo ano passei pela histerectomia total com a retirada dos dois ovários por prevenção e ano que vem irei fazer a dupla mastectomia. Enfim, hoje estou bem, graças a Deus.

15 de outubro de 2018

Adelaide Gonçalves Porto

Antes do câncer eu não tinha tempo para a vida, apesar de ter sofrido muito com problemas familiares quando criança. Quando jovem, também não aprendi o que era viver, aprendi só a correr atrás de uma vida melhor, trabalhar muito, pagar contas, ajudar os outros e esquecia de mim. Eu não tinha hora pr...
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15 de outubro de 2018

Adelaide Gonçalves Porto

Antes do câncer eu não tinha tempo para a vida, apesar de ter sofrido muito com problemas familiares quando criança. Quando jovem, também não aprendi o que era viver, aprendi só a correr atrás de uma vida melhor, trabalhar muito, pagar contas, ajudar os outros e esquecia de mim.

Eu não tinha hora pra nada nem pra comer direito. Ganhava dinheiro, mas não sabia o que fazer com ele; não era muito, mas dava pra ter uma vida melhor em termos de viver a vida e não apenas passar por ela.

Quando descobri o câncer “nossa, meu mundo caiu!”, a ficha custou a cair como eu ia aceitar essa doença. “Ficar sem meu seio? Nem pensar!”, eu achava que já tinha sofrido demais nessa vida e não ia suportar. Puro engano: sofri muito, chorei demais, me escondi, surtei não queria fazer o tratamento, pois era tudo muito difícil dar entrada nos procedimentos para o tratamento.

Briguei demais com o mundo. Fui à luta com ajuda do meu amado psicólogo que me recebeu de cara no primeiro dia que dei entrada no hospital “surtada”. Não foi fácil a caminhada ainda não é, mas temos que ser fortes e brigar pelos nossos direitos, não desistir jamais por pior que possa aparecer na hora. Depois passa e vem a paz, a sabedoria, o aprendizado de como lidar com tanta dor inicial.

Estou em tratamento e ainda brigo muito, não dou moleza. Porém hoje saio, danço, me divirto, arrumei um “namorido” (risos), coisa que jamais pensei que ia acontecer depois de tanto sofrimento. Sou voluntaria, faço lembranças para doações para as novatas, não ganho mais o que ganhava antes da luta, porém “sou mais eu” hoje. Aprendi que existe vida após o câncer, que antes dele eu não vivia, apenas existia. Hoje canto, danço, me exercito todos os dias, amo a vida, quero viver por muito tempo, pois minha vida começou após o câncer.

Vou parar por aqui porque a história é muito longa. Ah, não posso esquecer: faço um trabalho de ir de casa em casa levando amor, conhecimento de tudo que aprendi com essa doença. Dou amor, carinho, solidariedade a todos que encontro na minha caminhada.

15 de outubro de 2018

Michelle Santos Cancellier Vital

Meu nome é Michelle Santos Cancellier Vital e sou natural de Ubatuba/SP, onde moro. Atualmente tenho 28 anos e aos 25 descobri o câncer de mama. Faltando alguns meses para o meu tão sonhado casamento, fiz o autoexame das mamas e identifiquei um nódulo bem definido e palpável no quadrante superior da...
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15 de outubro de 2018

Michelle Santos Cancellier Vital

Meu nome é Michelle Santos Cancellier Vital e sou natural de Ubatuba/SP, onde moro. Atualmente tenho 28 anos e aos 25 descobri o câncer de mama. Faltando alguns meses para o meu tão sonhado casamento, fiz o autoexame das mamas e identifiquei um nódulo bem definido e palpável no quadrante superior da mama direita. Rapidamente, fui realizar um ultrassom das mamas para saber do que se tratava de fato o nódulo.

Na hipótese diagnóstica, constou como se fosse apenas um lipoma. Não satisfeita com o tal laudo e somado à minha história genética (mãe diagnosticada com câncer de mama também aos 25 anos, falecendo aos 27 anos) e acadêmica (sou enfermeira de formação), realizei uma mamografia, a primeira, em que veio o padrão de normalidade, Bi-Rads 1.

Diante disso, fui à Secretaria de Saúde do meu município para ver a possibilidade de ser atendida por um mastologista da rede, já que eu não tinha convênio médico. Para a minha surpresa, havia uma vaga no último horário no AME de Caraguatatuba logo no dia seguinte.

Compareci à consulta onde fui muito bem atendida pelo mastologista Dr. André Girardi Vieira. Ouvindo a minha história e achando anormal o exame não dar em nada, pediu para que eu fosse a Taubaté. Realizei biópsia do nódulo no Hospital Regional dois dias depois, pois lá sairia o resultado mais rápido por tratar-se de um hospital e não de um ambulatório. Sete dias depois veio o diagnóstico: câncer de mama.

Confesso que no fundo eu já esperava por esse resultado em algum momento da minha vida, mas não naquela hora. Amparada pelo meu pai que pela segunda vez segunda vez estaria passando por isso – sendo que a primeira vez foi sem sucesso –, entre lágrimas ele dizia que daria tudo certo.

Chorei, perguntei se iria morrer mais de uma vez, se eu poderia me casar, já que esse era o meu maior sonho na vida: casar e ser mãe, formar a minha família. A enfermeira que estava acompanhando o médico, Giselle, também conhecida como anjo sem asas, me acolheu e me cuidou como se eu fosse a única pessoa que existisse no mundo, me dando mil possibilidades de viver feliz com essa notícia.

Nesse dia o doutor solicitou os exames pré-operatórios, me encaminhou ao anestesista e a cirurgiã plástica Dra. Cristina, que me avaliou mesmo sem eu estar agendada para realizar a cirurgia; todos estavam dispostos a correr contra o tempo para que eu pudesse realizar o meu sonho.

Foi me dado a opção de realizar a mastectomia parcial ou radical, eu escolhi a radical: retiraria as duas mamas. Dali a menos de três semanas eu recebi uma ligação pedindo para que eu me internasse para a cirurgia, e assim fui. Realizei a mastectomia e foi colocado o expansor devido a necessidade de realizar radioterapia posteriormente.

Em 04/04/2014 eu nasci de novo e em 10/05/2014, menos de 40 dias de cirurgia, quase sem peitinho nenhum e com um vestido lindo e todo adaptado à minha necessidade eu me casei com a pessoa mais especial e generosa que jurou me proteger até que a morte nos separasse.

Em 12 dias após a Lua de Mel eu perdi todos os meus cabelinhos, e ele me dizia que eu estava linda todos os dias. Comecei a minha rotina de estadiamento, quimioterapias conciliadas com as atividades do lar e do trabalho, sim, eu escolhi trabalhar durante todo o tratamento.

Em meio aos meus problemas e saúde, eu cuidava dos problemas de saúde dos pacientes do posto de saúde e até que era bom: nunca mais se ouviu um paciente reclamar ou somatizar alguma doença que não existisse, pois eu era a prova viva que existiam coisas piores, muito piores. Realizei 8 quimioterapias, sendo quatro vermelhas e quatro brancas, 26 radioterapias e atualmente tomo o tamoxifeno, realizo as minhas consultas a cada seis meses ou acaso surja algum problema eu posso antecipar se houver necessidade.

A minha oncologista é uma médica amiga, onde ela sabe se posicionar, mas me deixa muito a vontade para expor os meus desejos e angústias quanto ao tratamento. Recentemente realizei também a anexectomia, ainda não tenho filhos, mas pelo Pérola Byington consegui congelar embriões que em um futuro serão implantados, se Deus quiser.

Essa é um pouco da minha grande história que com o passar dos anos ela cresce ainda mais, cresce de mais bons momentos do que dos tristes, porque esses… Ah, esses ficaram no passado, agora é vida nova e eu amo viver.

15 de outubro de 2018

Maristela Viana Maciel

Meu Nome é Maristela Viana Maciel, tenho 54 anos. Em 2007 fui diagnosticada com câncer de tireoide, um dos momentos mais difíceis que já enfrentei. Foram 112 dias sem hormônio no organismo (da cirurgia ao tratamento com radio iodoterapia). Quando, em abril de 2010, fui diagnosticada com câncer de ma...
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15 de outubro de 2018

Maristela Viana Maciel

Meu Nome é Maristela Viana Maciel, tenho 54 anos. Em 2007 fui diagnosticada com câncer de tireoide, um dos momentos mais difíceis que já enfrentei. Foram 112 dias sem hormônio no organismo (da cirurgia ao tratamento com radio iodoterapia). Quando, em abril de 2010, fui diagnosticada com câncer de mama.

Pensei que já tinha passado por tudo na minha vida, quando ouvi da minha mastologista que eu teria que fazer a mastectomia. Naquele momento deixei as lágrimas caírem, passava mil coisas na cabeça: é como uma sentença de morte. Tive que, mais uma vez, buscar forças e seguir adiante.

Fiz a mastectomia, fiz o tratamento com tamoxifeno e tive início de trombose. O tratamento precisou ser suspenso por 33 dias. A minha oncologista falou que isso, em uma pessoa como eu, que tenho um meningioma, adenoma hipofisário e que não tem útero, teriam os sintomas multiplicados por sete em meu organismo.

Fui atendia no Hospital Aristides Maltês aqui em Salvador, e eu só tenho que agradecer por ele existir. Fiz cinco cirurgias lá e fui internada para fazer a radioiodoterapia. Já passei por 12 cirurgias que foram momentos complicados e dolorosos, mas sempre encarei tudo de frente, minha vontade de viver sempre foi grande. O apoio dos meus familiares, dos amigos e do meu companheiro foi de grande importância para mim.

Fiz tudo que os médicos pediram para eu fazer. Compreendi que o meu papel no meu processo de cura era muito importante. A minha fé e alegria não me abandonaram nos momentos mais difíceis. Orava, ouvia música e lia. Fizeram-me um grande bem.

Em 2014 comecei um trabalho de formiguinha, conscientizando as pessoas sobre a importância do diagnóstico precoce na vida de cada um. Comecei meio tímida pelos ônibus e postos de saúde.

Em 2015 foi melhor ainda. Em 2016 foi tão bom que rendeu uma matéria sobre o meu trabalho. Faço esse trabalho de amor para que as pessoas se conscientizem que estou viva graças ao diagnóstico precoce. E quero continuar com esse trabalho sempre. Fiz a opção de não fazer a reconstrução e vivo muito bem assim.

Meu Lema: “Ando devagar porque já tive pressa, e levo esse sorriso por que já chorei demais”.

15 de outubro de 2018

Ana Meire de Sales Barbosa

Olá a todos! Meu nome é Ana Meire, tenho 40 anos, completos ano passado. E, curiosamente, na mesma data do meu aniversário fui diagnosticada com câncer de mama. Imaginem vocês! Que presente, né? Sem sombra de dúvidas, foi mesmo um grande presente na minha vida. Estava no lugar certo e ao lado das pe...
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15 de outubro de 2018

Ana Meire de Sales Barbosa

Olá a todos! Meu nome é Ana Meire, tenho 40 anos, completos ano passado. E, curiosamente, na mesma data do meu aniversário fui diagnosticada com câncer de mama. Imaginem vocês! Que presente, né? Sem sombra de dúvidas, foi mesmo um grande presente na minha vida. Estava no lugar certo e ao lado das pessoas certas, minha família.

Em fevereiro de 2016, quando estava de férias no Ceará (moro no Rio onde também fiz o tratamento), resolvi aproveitar o tempo vago e ir ao mastologista. Já desconfiava que algo não ia bem com a saúde da minha mama direita, apesar de não perceber nenhum nódulo e nem tocá-lo, uma retração na parte inferior da mama me incomodava bastante. Sabe aquela sensação que se tem quando as coisas não vão bem, mas que você não quer admitir? Costumo dizer que é o sopro de Deus em nós. Eu estava assim.

No final de 2015, algo sombrio pairava em minhas preocupações… Pois bem, o fato é que minhas preocupações eram bem fundamentadas. O mastologista, por sinal, muito preciso e solícito, pediu pressa no diagnóstico, que graças a Deus foi muito rápido. Meu primeiro grande presente de aniversário. Deus tem anjos e os usa nas horas precisas. Em menos de 15 dias, eu estava com o diagnóstico em mãos.

Confesso, apesar das minhas suspeitas, não estava preparada para o resultado dos exames, penso que ninguém está. Sem sombra de dúvidas, foi a pior parte de toda essa história. Demorei um pouco para digerir tudo. A realidade era dura de encarar, mas não havia outra saída. Estava com câncer e, por mais doloroso que fosse, ainda estava viva e isso me bastava.

Sempre professei a fé católica. Nela aprendi a confiar minha vida nas mãos de Deus e logo percebi que eu não estava sozinha: o Senhor estava comigo a todo o momento. Ao invés de me entristecer por estar doente, deveria ficar feliz por ter tido a chance de me cuidar… E assim o fiz. No lugar da tristeza, no momento do diagnóstico, coloquei a alegria por ter descoberto a doença no início. Decidi sorrir, porque, realmente, sorrir é o melhor remédio. Meu corpo estava ferido, mas, minha alma estava intacta. As minhas orações aliada às orações dos meus familiares e amigos me tornaram mais forte. Pude experimentar o sopro do Espírito Santo em cada detalhe de todo esse processo.

Estava firme para começar o tratamento. Primeiro a cirurgia (mastectomia radical), meu segundo grande presente de Deus, pois, além de não perder uma mama, retirei um câncer e, de quebra, não precisei fazer esvaziamento axilar. Ao acordar da cirurgia e perceber que não tinha feito esvaziamento quase levantei e dei cambalhotas, de tão agradecida e feliz estava (também, se estivesse feito, estaria feliz da mesma maneira).

Eu não tinha motivos para reclamar, mas todos os motivos para agradecer. A segunda parte do tratamento remetia medo mas, tudo novo em nossa vida remete ao medo e essa não era uma situação diferente. Ergui a cabeça mais uma vez e fui com muita fé encarar os ciclos de quimioterapia que me foram submetidos. Conversei muito com meu Deus e pedi forças para suportar as reações das quimios. Ele me deu mais que forças: simplesmente me carregou no colo durante todo o tempo. Não sofri com a queda do cabelo, pelo contrário, curti minha careca (risos). Fiquei a cara do meu irmão mais novo e, mesmo sem uma mama, sem cabelos, me sentia completa. Continuava feminina e linda. Quando me olho no espelho, agora com os novos cabelinhos dando o ar da graça, vejo apenas VIDA e isso para mim é o bastante para ser FELIZ.

Durante todo meu tratamento tive pessoas essenciais ao meu lado, louvo a Deus por todos! A equipe médica que me acolheu, minha FAMÍLIA, alguém já parou pra pensar a grandeza desse nome? Não tem preço. Meu marido, meu filho e minha mãe, que estavam me acompanhando de perto, foram tudo, por vezes, minha irmã e meu cunhado não mediram forças para estarem ao meu lado nos momentos mais precisos, anjos de Deus em minha vida. E todos os outros que de longe (pai, irmão e familiares) oraram e torceram por mim e os amigos que estiveram sempre por perto orando sem cessar. Aproveito para pedir (peço mesmo) continuem orando! Esses foram e são meus melhores presentes!

As quimioterapias acabaram, ufa! Desde o diagnóstico até hoje, já se passaram onze meses. O tratamento ainda não acabou. Estou fazendo hormonioterapia por mais ou menos dez anos, tudo nas mãos do Pai. Sinto-me ótima e mais feliz do que nunca. Sinto-me CURADA e esse é o maior e melhor presente que Deus me deu a longo prazo. O que Deus quer de mim? Que eu seja FELIZ! Então vida, aqui estou, firme e forte!

O diagnóstico de Câncer não é o fim de tudo, mas o começo de uma grande vitória. Não há câncer suficientemente grande que destrua a força de Deus dentro de você!

15 de outubro de 2018

Rita Caribe R. Dantas

O meu mundo virou de cabeça para baixo no dia 18/11/15, ao receber o resultado de uma ultrassonografia mamária. Fui diagnosticada com câncer de mama, foi um baque tão grande, que só pensei: e agora? Desesperei-me, mais naquele momento Deus enviou dois anjos na minha frente pra me passar força, foram...
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15 de outubro de 2018

Rita Caribe R. Dantas

O meu mundo virou de cabeça para baixo no dia 18/11/15, ao receber o resultado de uma ultrassonografia mamária. Fui diagnosticada com câncer de mama, foi um baque tão grande, que só pensei: e agora?

Desesperei-me, mais naquele momento Deus enviou dois anjos na minha frente pra me passar força, foram o Dr. Helder e Daniela da Saúde Center. Mesmo assim, saí de lá correndo e chorando, achando que ia morrer.

Quando cheguei em casa, chorando muito, minha filha tinha acabado de chegar do trabalho e me perguntava o que tinha acontecido, só consegui mostrar meu exame. Liguei em seguida para minha amiga Rita Lopes, que também já tinha tido a mesma doença, ela me deu o maior apoio, conversou com a minha filha e me pediu calma e repetia que tudo ia da certo. Mas nessa situação a gente acha que tudo vai dar errado. Saí ligando para meus familiares (esposo, filho, sobrinha etc.) na tentativa de diminuir a dor, todos me diziam a mesma coisa: “Calma! Vai dar tudo certo”.

Mas infelizmente eu só pensava que ia morrer, que nunca mais veria meus familiares, que não receberia a chave da minha casa própria. Ao mesmo tempo bateu um desespero por não ter plano de saúde, que teria que fazer pelo SUS, e que infelizmente nosso Brasil é precário de saúde.

O primeiro passo do tratamento já foi muito dolorido, a punção. Pelo meu nódulo ser grande, a agulha grossa me deixava com muito medo. Depois de várias tentativas (pois só realizava o procedimento 1x por semana), consegui fazer, o que só fez confirmar a existência do nódulo maligno. Na consulta com o mastologista, ele orientou que a cirurgia fosse feita de imediato, pois o nódulo estava se desenvolvendo rápido. Minha preocupação era como iria pagar essa cirurgia de imediato, mas graças a minha filha que conseguiu o dinheiro, ela queria deixar tudo resolvido, pois viajaria a trabalho para São Paulo. Graças a Deus, fiz a cirurgia no dia 28/12/15.

O pós-cirurgia foi com muitos incômodos, mas tudo transcorreu bem. Em fevereiro de 2016, fui transferida para ser consultada com o oncologista Dr. Samuel, na Unacon. No dia 12/02/16 fui para a consulta e minha quimioterapia começou depois de 15 dias, fiz 12 brancas e 4 vermelhas. Foi um período com muita dor, sofrimento, incomodo, medo, lágrimas. Mas venci essa batalha, graças a Deus e Nossa Senhora, terminei o tratamento no dia 18/07/16.

Recentemente completou um ano que fiz a cirurgia e que passei por essa turbulência. Venho aqui agradecer a Minha amiga Rita Lopes, que não esta mais entre nós, que me ajudou muito. Sou agradecida ao carinho e o apoio dela, pois a gente se entendia ate quando não se entendia (risos).

Agradeço ao carinho, paciência, companheirismo, palavras de todos comigo nessa etapa, marido, filhos, mãe, sobrinha, afilhada, netas, irmãos, primos, comadres, amigos, enfim, todos aqueles que se fizeram presente de alguma forma. Foi difícil, mas estou vencendo. Pela medicina é cedo para dizer, mas eu creio em Deus e Nossa Senhora que estou curada.

Sou vitoriosa e queria agradecer em especial a minhas netinhas, Peu e Tica, a alegria de vocês me deu esperança nessa jornada. Também sou grata à equipe da Unacon, pessoas especiais que me deram atenção e carinho, ao Dr. Samuel, enfermeiras, auxiliares de enfermagem, recepcionista e todos.

Ao Dr. Julian sempre atencioso e carinhoso, à equipe do Self Day, local onde estou fazendo a reconstituição da mama, agradeço a atenção. Às enfermeiras pelos curativos durante o pós-cirurgia: Daiane, Lorena, Paulinha, muito obrigada pelo cuidado, e por fim, mas não menos importante, a minha comunidade São Pedro por todas as orações e carinho.

MUITO OBRIGADA, EU VENCI!

15 de outubro de 2018

Josiana Carvalho Alves

Olá, meu nome é Josiana Carvalho Alves. Em maio de 2015, em um exame de rotina, descobri um câncer de mama. Meu mundo desabou, fiquei desesperada, pois eu não entendia o porquê. Entretanto, eu tinha duas opções: ou me entregava e morria ou lutava por minha vida. Optei pela minha vida e falei com Deu...
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15 de outubro de 2018

Josiana Carvalho Alves

Olá, meu nome é Josiana Carvalho Alves. Em maio de 2015, em um exame de rotina, descobri um câncer de mama. Meu mundo desabou, fiquei desesperada, pois eu não entendia o porquê. Entretanto, eu tinha duas opções: ou me entregava e morria ou lutava por minha vida. Optei pela minha vida e falei com Deus. Pedi forças a ele e, assim, segui em frente.

Fiz tratamento no Hospital Marcílio Dias e fui muito bem tratada. Fiz três cirurgias, mas não precisei retirar a mama. Fiz quimioterapia e depois 30 sessões de radioterapia. Entretanto, como tudo nesse país, a máquina quebrou umas 15 vezes, por isso demorei a acabar o tratamento.

Minha família foi muito importante para mim, minhas três irmãs, minha mãe, meu esposo e meus dois filhos. Terminei o tratamento em 25 de outubro de 2016, graças a Deus. Não foi fácil, foram muitas lágrimas derramadas! Mas hoje estou aqui, contando meu depoimento a vocês e dizendo que tudo passa! Acreditem, não desanime! Deus é bom, o tempo todo!

15 de outubro de 2018