Solange de Souza é cuidadora de idosas, tem 56 anos, e é uma das três personagens da campanha Outubro Rosa FEMAMA 2019, que tem como mote #MeTrateDireito: para cada paciente um tratamento. Conheça a história dela:
“Durante o banho, ao me tocar, senti um carocinho na mama. Logo tratei de marcar uma consulta com a ginecologista. Ela me examinou e também sentiu o mesmo. Pediu exames e uma mamografia. Para agilizar o resultado, eu fiz a mamografia em um laboratório particular. Porém, o resultado não mostrou nada. Fui fazer os outros exames no Hospital Restinga e Extremo-Sul, em Porto Alegre.
Casualmente, o grupo do IMAMA (Instituto da Mama do Rio Grande do Sul) estava realizando um mutirão de mamografias. Fiz novamente o exame que, dessa vez, apontou a presença do nódulo. Três dias depois, marquei consulta com um médico de lá. Ele pediu a pulsão e a biópsia. O resultado? Câncer de mama!
No dia 30 de janeiro de 2019 eu passei pela cirurgia, mas não precisei fazer mastectomia (daquela primeira percepção do carocinho até a operação, foram quase dois anos!). Dois dias depois eu já estava em casa. Duas semanas depois, comecei a quimioterapia. Fiz seis sessões, uma a cada mês. Ao final, o médico indicou mais 12.
As sessões de radioterapia são diárias e também faço uso de remédios. O pior para mim são os efeitos da quimio. Ela me deixa fraca, cansada, sinto formigamento e dormência nas mãos e nos pés, passo mal. Conversei com o médico sobre isso, mas não há o que fazer. Essa é a pior parte para mim, desde a descoberta da doença.
Porque como eu sempre fui muito positiva, encarei bem o diagnóstico. Soube aceitar a situação, fiquei tranquila e nem precisei de respaldo psicológico. Sou o tipo de pessoa que não se entrega fácil! Não me isolei do mundo, continuo saindo e mantendo contato com meus amigos. Tenho uma filha de 14 anos e no começo não foi fácil para ela. Mas com muita conversa, e acreditando que tudo vai dar certo, consegui mostrar para ela que não há com o que se preocupar. Juntas nós vamos vencer essa batalha!”