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Startup americana lança teste genético para detectar risco de câncer de mama e ovário por R$ 750

Uma startup do Vale do Silício quer tornar o teste genético que identifica o risco de câncer de mama e de ovário mais acessível financeiramente para as mulheres. O serviço da Color Genomics começou a ser oferecido nesta semana, de acordo com a Bloomberg.

O kit para o teste custa US$ 249 (cerca de R$ 750). A cliente recebe o conjunto em casa, coleta um pouco da sua saliva e envia de volta para o laboratório, que checa 19 variações genéticas que estão relacionadas a um risco maior dos dois tipos de câncer. A expectativa é que os resultados demorem oito semanas para ficar prontos. Essas variações incluem as mutações no gene BRCA1, que levou a atriz Angelina Jolie a fazer uma mastectomia preventiva.

A startup é apoiada por investidores como a Khosla Ventures e a viúva de Steve Jobs, Laurene. Outros testes disponíveis no mercado costumam custar US$ 4.000, segundo a startup.

Esse mercado está crescendo porque cada vez mais pessoas estão cientes de que a doença tem um componente genético. No caso da Myriad Genetics, que foi a única a oferecer esse serviço por alguns anos, dois terços de sua receita de US$ 778 milhões em 2014 vieram por meio de testes para o BRCA.

No entanto, segundo a Bloomberg, alguns especialistas alertam que nem todas as mulheres precisam fazer o teste. Só pacientes que são consideradas do grupo de risco, por conta de um histórico familiar de câncer de ovário ou mama, devem considerar pagar por isso, diz Debbie Saslow, diretora de intervenção para o controle da doença na Sociedade Americana de Câncer. “Se você não tem fatores de risco, ninguém recomenda teste genético para a população em geral.”

Juntas, as mutações BRCA1 e BRCA2 são responsáveis por de 5% a 10% de todos os casos de câncer de mama e 15% dos casos de câncer de ovário. Porém, ter a mutação não significa necessariamente que aquela mulher com certeza terá esses tipos de câncer.

Para evitar ambiguidades, a Color Genomics requer que um médico peça pelo teste. “Tentamos garantir que um há um profissional de saúde envolvido”, afirma o CEO da empresa, Elad Gil. “Também há aconselhamento genético se você quiser que um especialista te explique o resultado do teste.”

A equipe da Color Genomics inclui biólogos e cientistas da computação, além de engenheiros que já trabalharam em empresas como Twitter e LinkedIn. Entre os seus conselheiros estão Mary-Claire King, a geneticista que descobriu o gene BRCA1.

Segundo Othman Laraki, presidente da Color Genomics, unir as habilidades dos especialistas em tecnologia do Vale do Silício com o conhecimento médico ajudou a criar um processo eficiente para baratear o preço do teste.

Publicado por Época Negócios em 21/04/2015

Opinão da Femama

O exame da Color Genomics está disponível apenas nos Estados Unidos. Hoje, o exame que identifica os genes BRCA1 e BRCA2 é coberto por alguns planos de saúde no Brasil, mas não está disponível na rede pública. Seu custo ainda é elevado. Desde 2013 tramita o PL 6262/13, projeto de lei da deputada Carmen Zanotto, que contou com o apoio da Femama, e, mais recentemente, o PLS 157/14, do senador Vital do Rego, que pedem a inclusão desse exame ao Sistema Único de Saúde.
 

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