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Cresce número de mortes pelos tipos de câncer mais agressivos no Brasil

O número de mortes pelos tipos de câncer que mais matam no Brasil cresceu em 2012. Segundo especialistas, esse aumento está associado à falta de prevenção e às falhas no tratamento da doença.
 

A comerciante Vera Barbosa ia muito à praia sem protetor solar e ainda passava bronzeador quando jovem. Resultado: mais tarde surgiu um câncer de pele. Ela já tirou dois tumores. “Eu não tenho medo não porque eu me cuido, hoje eu sei da gravidade da doença que eu não sabia”, conta.
 

Para a dermatologista de Vera, Daniela Lemes, falta conscientização. “Essa semana mesmo eu tive contato com duas pacientes com que já falo bastante sobre filtro solar, elas estavam descamando, descascando, porque foram para praia no feriado e esqueceram de aplicar o filtro solar”, diz.
 

O câncer de pele é o tipo com mais casos no Brasil, mas não é o que mais mata. De acordo com o mapeamento feito sobre a doença no país, o número de mortes por causa dos tipos de câncer mais agressivos aumentou. Entre as mulheres, o câncer de mama é o que tem maior taxa de mortalidade. Entre os homens, é o tumor no pulmão.
 

O motorista Valter Ferreira foi diagnosticado com câncer de pulmão há seis meses. “Sentia muita falta de ar, fui fumante por 52 anos”, relata.
 

A taxa de mortalidade por esse tipo de câncer estava em queda desde 2004, mas voltou a subir em 2012. Em 10 anos, o número de mortes subiu mais de 30%.
 

O câncer de pulmão é o segundo que mais mata as mulheres brasileiras. O primeiro é o de mama. O índice de mortalidade das duas doenças cresceu de 2009 a 2012.
 

Para o oncologista Daniel Herchenhorn, vários fatores contribuem para este aumento. “Na verdade, o diagnóstico tardio, ou seja, a pessoa chega demoradamente ao médico, ao sistema de saúde. Um atraso na maneira em que a pessoa é tratada, a pessoa não recebe o tratamento de maneira ágil. E eventualmente até uma dificuldade desse paciente em receber um tratamento considerado adequado” afirma.
 

Quanto mais cedo é feito o diagnóstico, maiores são as chances de cura. Cláudia descobriu tarde a doença, mas fez tratamento no Instituto do Câncer, no Rio, e está melhor. “Para eu chegar até aqui briguei muito com a saúde, infelizmente a nossa saúde é péssima. Mas briguei, briguei e graças a Deus, cheguei até aqui onde consegui me salvar”, diz a dona de casa Cláudia Márcia da Silva.
 

Apesar de toda essa luta da Cláudia e de tantos outros pacientes para conseguir diagnóstico e tratamento para câncer, o Ministério da Saúde respondeu que o investimento na assistência aos doentes de câncer cresceu quase 40% nos últimos três anos.
 

Segundo ainda o Ministério, a maior incidência de câncer no Brasil segue uma tendência mundial e isso é associado ao envelhecimento da população e aos fatores de riscos.

Veja matéria do Jornal Bom Dia Brasil sobre o tema. 

Publicado em G1 Bom Dia Brasil, em 27/11/2014

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