
Cientista americana que descobriu a chave da mutação do câncer de mama recebeu, nesta segunda-feira, o Prêmio Lasker de Pesquisa Médica, um dos mais prestigiosos no campo científico, também chamado de “Nobel americano”. A cientista Mary-Claire King conquistou o Lasker-Koshland em reconhecimento de sua extensa carreira. Entre outros avanços, ela identificou o gene BRCA1, chave no desenvolvimento do câncer de mama.
Mary-Claire aproveitou a cerimônia para pedir mais exames em mulheres para detectar o câncer genético antes que seja tarde demais. Mulheres portadoras de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 estão propensas a altos riscos de desenvolver câncer de mama e ovário. Foi o caso da atriz Angelina Jolie. No Brasil, os exames para detectar a presença desses genes já são cobertos pelos planos de saúde. Tendo em vista disponibilizá-los também na rede pública (SUS), tramitam em conjunto o projeto de lei da deputada Carmen Zanotto, o PL 6262/13, que contou com o apoio da Femama, e, mais recentemente, o projeto de lei do senador Vital do Rego, PLS 157/14.
Durante a premiação, a cientista também foi reconhecida por usar tecnologia de DNA para reunir os filhos desaparecidos durante a ditadura na Argentina com suas mães e avós, baseando-se na análise de DNA mitocondrial. Esse é o DNA que passa de mãe para filho. “King ajudou a provar relações genéticas, e isso facilitou a reunificação de mais de 100 filhos com suas famílias (biológicas)”, explicou a Fundação Lasker.
Outros ganhadores foram Alim Louis Benabid, da Academia das Ciências na França, e Mahlon DeLong, da Universidade Emory, que conquistaram o Lasker-DeBakey de Pesquisa Médica Clínica por desenvolverem técnicas de estimulação profunda do cérebro para restaurar funcionalidades em pacientes com Parkinson. Também foram contemplados Kazutoshi Mori, da Universidade de Kyoto, e Peter Walter, da Universidade da Califórnia em São Francisco. A dupla recebeu o Lasker de Pesquisa Médica Básica por suas descobertas sobre a capacidade interna das células de corrigir proteínas prejudiciais.
Com informações de Site Info Exame
Projetos tentam disponibilizar testes genéticos para BRCA1 e BRCA2 no SUS