Na semana em que se comemora o Dia Mundial do Câncer, celebrado em 4 de fevereiro, especialistas alertam sobre a importância da evolução na Terapia de Suporte para minimizar o impacto dos efeitos colaterais de tratamentos para combater a doença. Em geral os pacientes se queixam dos sintomas provocados pela quimioterapia convencional, que costuma causar vômitos, náuseas, diarreia e fraqueza, entre outros incômodos.
Uma complicação recorrente no tratamento de quimioterapia é a neutropenia febril, causada pela queda de neutrófilos no sangue, aumentando o risco de infecções. Neste momento é importante o paciente estabelecer uma comunicação direta com o seu médico para que possa ser avaliada a inclusão de medicação específica. “O tratamento oncológico exige uma série de medidas e, muitas vezes, a principal preocupação do especialista é tratar o tumor. Porém, para minimizar os impactos indesejados durante esse processo, é fundamental o auxílio de uma equipe multidisciplinar com a finalidade de promover qualidade de vida aos pacientes e familiares” explica Dr. Ricardo Caponero, oncologista, membro do Conselho Científico da FEMAMA e Coordenador do Centro Avançado em Terapia de Suporte e Medicina Integrativa.
Os principais fatores de risco para neutropenia são desnutrição, tratamentos prolongados, doenças crônicas pré-existentes. O diagnóstico é fácil e, ao primeiro sinal de febre, o médico deverá ser informado para que possa pedir os exames necessários: sangue, urina, radiografia de tórax, entre outros. “Logo após a realização dos exames, o médico terá condições de identificar a infecção e tratar com a medicação indicada o quanto antes”, relata o oncologista.
O especialista enfatiza a importância do paciente sempre manter uma conversa- com o seu médico e informar sobre o quadro de saúde. “Na quimioterapia, cada paciente recebe uma combinação de medicamentos e existem várias possíveis. Os efeitos que os tratamentos irão causar variam para cada indivíduo. Este é um dos motivos pelos quais os efeitos colaterais são diferentes. Por isso, a principal dica é o paciente explicar o que está sentindo para o seu médico”, conclui Dr. Ricardo Caponero.
O especialista sugere ainda que o paciente faça um diário e anote qualquer situação inesperada e alerta: “dores, alterações no hábito intestinal, mudanças na libido e febre são algumas das possíveis reações ao tratamento oncológico. São comuns, mas não podem ser consideradas normais. A qualidade de vida precisa ser preservada”.