A mamografia, exame realizado para detectar o câncer de mama, deve ser feita como rotina anualmente a partir dos 40 anos de idade, e imediatamente em ocasiões em que surgem suspeitas da doença. Manter o exame em dia é um compromisso com a própria saúde. Mas e se a mulher estiver passando por uma gravidez em um momento em que a mamografia é necessária? Muitas mulheres têm dúvidas sobre a melhor conduta nessa situação e é realmente importante estar atenta.
Durante a gestação, a mama fica extremamente densa, preparando-se para a produção de leite. Em função dessa alteração no corpo da mulher, a eficácia do exame de mamografia fica bastante reduzida. Isso acontece porque o tecido glandular da mama, que nesse momento encontra-se mais desenvolvido, pode encobrir uma lesão, dificultando a interpretação do exame. A mamografia, portanto, perde sensibilidade para o diagnóstico. Quanto o leite começa a se formar, a ultrassonografia das mamas, alternativa bastante comum para a mamografia, também apresenta dificuldades para o diagnóstico. Por isso, durante a gestação, se houver forte suspeita de câncer de mama, o ideal é fazer a ressonância magnética das mamas.
Geralmente as paciente enfrentam uma gravidez antes dos 40 anos, ou seja, fora da faixa etária para rastreamento. De qualquer forma, se a gestação acontecer após os 40 anos, as pacientes não devem realizar exames de rastreamento. Durante a gravidez, apenas exames diagnósticos, caso haja suspeita clínica (alterações no exame de palpação das mamas realizado pelo médico). O rastreamento deve ser retomado apenas após a gestação e amamentação.