O câncer pode ser combatido de diferentes formas, com técnicas específicas ou combinações de tratamentos adequadas para cada caso. Dentre elas, está a terapia com anticorpos monoclonais. O médico, baseado nos exames realizados no tecido do câncer de mama, pode indicar se o seu tipo de câncer tem condições de responder bem à terapia monoclonal.
Relativamente novo, o tratamento para o câncer feito a partir de anticorpos monoclonais é considerado um tipo de terapia imunológica (imunoterapia). Nessa terapia, são fornecidos ao organismo anticorpos produzidos em laboratório para tentar combater o desenvolvimento do tumor. Esses anticorpos realizam a função dos anticorpos naturais que o corpo deveria estar produzindo, mas não está.
De acordo com o Dr. Ricardo Caponero, oncologista e presidente do Conselho Científico da FEMAMA, a técnica pode trazer benefícios, justamente pela sua alta especificidade para o alvo contra o qual se destina. Além disso, a terapia pode ser combinada com os tratamentos convencionais, pois, apesar de ser uma terapia imunológica bem específica, ela é também antitumoral.
Os efeitos colaterais dependem do anticorpo utilizado, alguns são bastante específicos, como o Rituximabe, por exemplo, que age somente sobre os linfócitos B, mas outros, são dirigidos para as células normais. É o caso do Bevacizumabe, que age sobre a estimulação da proliferação dos vasos sanguíneos, impedindo que esses nutram o tumor. De modo geral, os anticorpos naturais produzem menos efeitos colaterais que aqueles produzidos em laboratório, mas, de fato, a única maneira de descobrir se os anticorpos monoclonais trarão benefícios ao seu tratamento, será conversando com o médico responsável pelo seu quadro clínico, uma vez que eles não são indicados para todos os tipos de câncer.
Nem todos os tratamentos estão disponíveis atualmente no mercado, o mais antigo é o Trastuzumabe, que já é prescrito há mais de 10 anos. No entanto, há estudos bastante avançados nessa área e, certamente, em breve, poderemos contar com outros anticorpos aprovados para tratamento. A cada dia, novos estudos trazem esperança para pacientes que estão enfrentando a batalha contra o câncer.