O que faz diferença na cor da quimioterapia são os tipos de medicamentos utilizados. No tratamento para o câncer de mama são os medicamentos presentes em cada esquema de tratamento, que agem de maneira distinta no organismo, fazendo com que variem também os efeitos colaterais.
As cores são características intrínsecas, próprias, de cada um dos medicamentos, mas não têm nenhuma relação com o nível de intensidade da sua ação, nem com a “potência” da quimioterapia.
Muitos associam a vermelha a efeitos colaterais mais intensos, mas os efeitos dependem muito da resposta de cada organismo, não se apresentam de maneira igual a todos pacientes. A escolha entre a quimioterapia branca ou vermelha irá depender do plano de tratamento adotado pelo médico, pela condição clínica do paciente, estadiamento da doença e da fase do tratamento. Entenda melhor a diferença entre a quimioterapia branca e a vermelha:
- Quimioterapia vermelha: os medicamentos utilizados pertencem ao grupo das antraciclinas (Doxorrubicina e Epirrubicina) – por isso o “rubi” do nome, que são compostos químicos geralmente associados à queda de cabelo como um dos efeitos colaterais.
- Quimioterapia branca: utiliza uma ampla gama de outros medicamentos como ciclofosfamida, taxanos (Docetaxel e Paclitaxel), gencitabina e vinorelbina.
O mais comum é o uso de combinações de tratamento, com mais de um medicamento, utilizados concomitantemente ou em sequência, e nas diversas situações clínicas como no pré-operatório, no pós operatório (adjuvante) ou em diversas linhas na doença metastática. O esquema de tratamento e a sequência seguem uma estratégia lógica que pode ser discutida com seu oncologista.