O QUE É CÂNCER DE MAMA?
Uma em cada oito mulheres irá desenvolver um câncer de mama em algum momento da vida (Sociedade Americana de Câncer, 2023). Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2022) indicam que são diagnosticados cerca de 74 mil novos casos de câncer de mama por ano no Brasil. A doença pode inclusive acometer homens, que representam cerca de 1% dos casos.
A doença ocorre quando há uma multiplicação desordenada de células anormais da mama, que podem formar um tumor e, em alguns casos, invadir outros órgãos. Existem vários tipos de câncer de mama e, quanto antes for o diagnóstico, melhores serão os resultados terapêuticos. Quando a doença é tratada adequadamente e em tempo oportuno, as chances de cura podem ser superiores a 95%.
A mamografia de rastreamento, realizada anualmente em mulheres com idade entre 40 e 74 anos, é a melhor forma de avaliar a saúde da mama. A recomendação inclui homens trans e qualquer pessoa que possui mamas. A mamografia é um exame de imagem capaz de identificar um nódulo suspeito antes mesmo de ele ser palpável, permitindo que ele seja investigado para determinar se é um câncer ou não. Homens não possuem indicação para o rastreamento e devem buscar um médico ao observar alguma alteração suspeita na mama.
Apesar da importância da mamografia, a maioria das mulheres não realiza o exame e a maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres, pela observação de sinais e sintomas, como: nódulos nas mamas ou nas axilas, alterações na pele da mama ou no mamilo e saída de líquido anormal pelos mamilos. Por isso, além de realizar o exame de rastreamento na faixa etária indicada, mulheres de todas as idades são estimuladas a conhecer suas mamas e buscar avaliação médica, caso identifiquem alguma anormalidade.
Alguns dos principais fatores de risco para o câncer de mama são: idade avançada, obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo de alimentos ultraprocessados, consumo de bebidas alcoólicas, uso de contraceptivos hormonais ou reposição hormonal por longos períodos e histórico familiar de câncer. Cerca de 17% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos de vida saudáveis, que incluem a prática regular de atividade física, a manutenção de um peso corporal adequado, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
Quando falamos sobre câncer de mama é importante ter em mente que o câncer não é uma doença individual. A partir das primeiras conversas difíceis no consultório médico, o impacto familiar e social já pode ser sentido. Pode parecer assustador, mas precisamos falar abertamente sobre isso. Pense em você ou em quem você conhece: todo mundo já recebeu um diagnóstico difícil. Quando isso acontece, quem fica do seu lado?
Apoio médico, terapêutico, atenção integral e multidisciplinar. Esses são os primeiros passos para uma jornada que preserva a qualidade de vida. Arte e cultura, espaços para rir e chorar, o acolhimento também precisa desses combustíveis.
Com o objetivo de ampliar a conscientização e levar mais conhecimento sobre o câncer de mama em lugares onde muitas vezes a informação de qualidade não chega, a FEMAMA se uniu à Raccord Produções em apoio ao longa-metragem “Câncer com Ascendente em Virgem”. A parceria busca contornar os preconceitos em torno do tema e envolver as pessoas em um importante diálogo sobre o câncer de mama, rompendo tabus e usando a arte e a cultura como ferramenta de sensibilização.
Dirigido por Rosane Svartman, o filme é baseado na história inspiradora de Clélia Bessa, produtora da Raccord, que durante sua jornada oncológica, em 2008, lançou o emocionante e divertido blog “Estou com Câncer, e Daí?”. Sensível e leve, o roteiro estrelado por Suzana Pires, Marieta Severo, Nathália Costa, Fabiana Karla e grande elenco, tem na formação de uma rede de apoio um dos pontos centrais da trama, que coloca em evidência o protagonismo feminino e a sororidade entre amigas de longa data e novas parcerias.
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