Depoimentos

Ivna Maluly

Eu estava de férias no Brasil em janeiro de 2009 quando eu descobri o câncer de mama no seio direito. Tinha dores no seio e senti como ele estivesse com febre, bem quente. Fui fazer uma mamografia e uma ultrassonografia para tirar duvidas sobre a dor quando a radiologista me encaminhou para fazer um...
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15 de outubro de 2018

Ivna Maluly

Eu estava de férias no Brasil em janeiro de 2009 quando eu descobri o câncer de mama no seio direito. Tinha dores no seio e senti como ele estivesse com febre, bem quente. Fui fazer uma mamografia e uma ultrassonografia para tirar duvidas sobre a dor quando a radiologista me encaminhou para fazer umas biopsia de urgência.

A partir de deste dia, fui operada por ter diagnosticado três nódulos pequenos mas com câncer agressivo. Como morava na Bélgica, operei no Brasil e depois fui encaminhada para Bruxelas para poder fazer a quimioterapia que duraria um ano e meio.

Foi um momento complicado porque eu tinha um filho pequeno que precisava entender o que estava acontecendo. Expliquei a ele tudo e ele entendeu, apesar de sentir o momento complicado pelo qual estávamos todos passando. Para poder aliviar a dor da doença, escrevi toda a cronologia, passo a passo incentivada pelo psicoterapeuta da época, um greco-belga muito inteligente e sensível. Fiz varias sessões com ele, tanto de psicoterapia quanto de meditação, respiração entre outras técnicas para aliviar os momentos difíceis.

Eu só tenho a agradecer a tudo e a todos por toda a ajuda, apoio e amor recebido neste tempo que durou o tratamento e depois a reconstrução.

Tudo correu bem, e ainda lancei um livro para crianças, o Cadê seu peito, mamãe? onde eu explico a ausência de um seio para uma criança que foi amamentada até os oito meses. Ajudo muitas mulheres com conselhos na Bélgica e no Brasil.

Atualmente, moro em Lyon e já levei o meu livro que recebeu as versões francesa e inglesa para um hospital daqui que tem um setor de apoio às crianças e adultos.

Se eu tiver que falar com as mulheres que passam por este problema, eu diria para terem fé, acreditar nos médicos, na vida e não ter medo de expor os seus problemas porque quanto mais falamos, mais alívio temos. Deixo um beijo grande a todas as mulheres que estão passando por isso.

15 de outubro de 2018

Sandra Elisabeth Silva

“Quem olha para mim jamais pensa que tenho câncer” Meu nome é Sandra Elisabeth e atualmente tenho o câncer de mama em controle. Quem olha para mim, jamais imagina que sofro com esta doença. Tenho uma vida normal, faço absolutamente tudo: organização da casa, passeios, caminhadas, dança etc. Vou cont...
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15 de outubro de 2018

Sandra Elisabeth Silva

“Quem olha para mim jamais pensa que tenho câncer”

Meu nome é Sandra Elisabeth e atualmente tenho o câncer de mama em controle. Quem olha para mim, jamais imagina que sofro com esta doença. Tenho uma vida normal, faço absolutamente tudo: organização da casa, passeios, caminhadas, dança etc.

Vou contar um pouco da minha história: em 2012, fui diagnosticada com câncer de mama triplo negativo. Fiz mastectomia radical com esvaziamento axilar completo. O tratamento foi até 2013, quando finalmente recebi alta. Quando achava que tinha me livrado do câncer para sempre, ele simplesmente voltou.

Estava na praia, no verão de 2015, quando senti dores no corpo. À noite, morrendo de medo, sonhei que estava com câncer nos ossos. Ainda no litoral, fui plantar mudas de flor e não consegui mais levantar. Liguei imediatamente para a minha médica e pedi para realizar os exames antes da revisão periódica. Falei a elado meu medo de o câncer voltar nos ossos, pois meu pai faleceu com câncer também nos ossos. Ela pediu alguns exames e eu os fiz. Na revisão, quando a médica abriu a porta, me disse: “Sandra, minha flor, você não está com câncer nos ossos… Mas seus pulmões estão cheios de nódulos”. Eu estava com câncer de mama metastático, ou seja, o câncer de mama havia atingido um novo órgão.

Dessa vez, o câncer de mama voltou apresentando a característica HER2+, diferente do que ocorreu em meu primeiro câncer. Foi quando minha médica informou que o melhor tratamento disponível para mim era a combinação da quimioterapia aliada aos medicamentos trastuzumabe e ao pertuzumabe. Ela então me receitou o tratamento e foi quando meu martírio começou.

Quando solicitei a combinação terapêutica ao plano de saúde, eles negaram meu pedido alegando que não forneciam esse tratamento. Como conhecia meus direitos,acionei a justiça para obtê-lo. Esse período foi bastante difícil. Eu estava desesperada,pois por 7 meses estava fazendo apenas a quimioterapia padrão aliada ao trastuzumabe. Uma advogada ligada ao Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (IMAMA) se ofereceu para me ajudar e analisar o meu caso. Ela entrou com um novo pedido de liminar na justiça contra o plano de saúde e em 15 dias passei a receber o tratamento completo, conforme decisão do juiz.

Durante os meses seguintes recebi o tratamento completo até que fosse necessário usar apenas o trastuzumabe e o pertuzumabe a cada três semanas. A quimioterapia estava finalmente encerrada. De acordo com minha médica, devo seguir usando o tratamento com trastuzumabe e pertuzumabe por toda a vida, devido ao resultado satisfatório. Com ele, não tenho muitos efeitos colaterais. Tive sorte, pois sei que cada caso é um caso e cada corpo reage de uma forma. O máximo que acontece comigo é me sentir cansada no dia seguinte à aplicação. Consigo realizar normalmente todas as minhas atividades.

Os resultados dos meus exames estão ótimos. Tenho a doença completamente em controle,os nódulos no meu pulmão diminuíram tanto, estão tão miudinhos, que minha médica me explicou após meu último exame que eles nem apresentariam características de tumor com esse exame fosse feito por alguém sem histórico de câncer, devido ao tamanho muito reduzido. Sinto que sou eu quem está no controle agora.

Como estou aposentada, tento me ocupar ao máximo e vivo intensamente. Dessa forma, evito pensar nos pontos negativos da doença. Sou voluntária numa das escolas em que trabalhei, participo de um grupo de danças e teatro, faço encontros com amigas e sou voluntária na instituição que me acolheu e me ajudou quando eu mais precisei: o IMAMA.

Além do tratamento principal com o trastuzumabe e o pertuzumabe, também realizo tratamentos integrativos, como grupo de apoio, Reiki, aromaterapia,cromoterapia etc. que me auxiliam a lidar com a saúde e com a minha qualidade de vida. Utilizo as redes sociais também para encontrar apoio e força,atualizar familiares e amigos sobre a minha condição e compartilhar experiências com quem também está enfrentando a doença.

Só tenho a agradecer a Deus, minha família, meus amigos e minha equipe médica. Com todas as pessoas do “meu barco” me sinto protegida, sabendo que não estou sozinha nessa, estamos remando juntos. Não posso dizer que não sofri.Muitas vezes tive crises, recaídas, e pensei que ia morrer. Mas desistir de lutar, jamais!

Depois do câncer de mama eu renasci após ter a certeza de que a vida é finita. Hoje vivo intensamente cada minuto que me é presenteado por Deus, pois o que a gente levada vida é tão somente a vida que a gente leva.

15 de outubro de 2018

Michelle Santos Cancellier Vital

Meu nome é Michelle Santos Cancellier Vital e sou natural de Ubatuba/SP, onde moro. Atualmente tenho 28 anos e aos 25 descobri o câncer de mama. Faltando alguns meses para o meu tão sonhado casamento, fiz o autoexame das mamas e identifiquei um nódulo bem definido e palpável no quadrante superior da...
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15 de outubro de 2018

Michelle Santos Cancellier Vital

Meu nome é Michelle Santos Cancellier Vital e sou natural de Ubatuba/SP, onde moro. Atualmente tenho 28 anos e aos 25 descobri o câncer de mama. Faltando alguns meses para o meu tão sonhado casamento, fiz o autoexame das mamas e identifiquei um nódulo bem definido e palpável no quadrante superior da mama direita. Rapidamente, fui realizar um ultrassom das mamas para saber do que se tratava de fato o nódulo.

Na hipótese diagnóstica, constou como se fosse apenas um lipoma. Não satisfeita com o tal laudo e somado à minha história genética (mãe diagnosticada com câncer de mama também aos 25 anos, falecendo aos 27 anos) e acadêmica (sou enfermeira de formação), realizei uma mamografia, a primeira, em que veio o padrão de normalidade, Bi-Rads 1.

Diante disso, fui à Secretaria de Saúde do meu município para ver a possibilidade de ser atendida por um mastologista da rede, já que eu não tinha convênio médico. Para a minha surpresa, havia uma vaga no último horário no AME de Caraguatatuba logo no dia seguinte.

Compareci à consulta onde fui muito bem atendida pelo mastologista Dr. André Girardi Vieira. Ouvindo a minha história e achando anormal o exame não dar em nada, pediu para que eu fosse a Taubaté. Realizei biópsia do nódulo no Hospital Regional dois dias depois, pois lá sairia o resultado mais rápido por tratar-se de um hospital e não de um ambulatório. Sete dias depois veio o diagnóstico: câncer de mama.

Confesso que no fundo eu já esperava por esse resultado em algum momento da minha vida, mas não naquela hora. Amparada pelo meu pai que pela segunda vez segunda vez estaria passando por isso – sendo que a primeira vez foi sem sucesso –, entre lágrimas ele dizia que daria tudo certo.

Chorei, perguntei se iria morrer mais de uma vez, se eu poderia me casar, já que esse era o meu maior sonho na vida: casar e ser mãe, formar a minha família. A enfermeira que estava acompanhando o médico, Giselle, também conhecida como anjo sem asas, me acolheu e me cuidou como se eu fosse a única pessoa que existisse no mundo, me dando mil possibilidades de viver feliz com essa notícia.

Nesse dia o doutor solicitou os exames pré-operatórios, me encaminhou ao anestesista e a cirurgiã plástica Dra. Cristina, que me avaliou mesmo sem eu estar agendada para realizar a cirurgia; todos estavam dispostos a correr contra o tempo para que eu pudesse realizar o meu sonho.

Foi me dado a opção de realizar a mastectomia parcial ou radical, eu escolhi a radical: retiraria as duas mamas. Dali a menos de três semanas eu recebi uma ligação pedindo para que eu me internasse para a cirurgia, e assim fui. Realizei a mastectomia e foi colocado o expansor devido a necessidade de realizar radioterapia posteriormente.

Em 04/04/2014 eu nasci de novo e em 10/05/2014, menos de 40 dias de cirurgia, quase sem peitinho nenhum e com um vestido lindo e todo adaptado à minha necessidade eu me casei com a pessoa mais especial e generosa que jurou me proteger até que a morte nos separasse.

Em 12 dias após a Lua de Mel eu perdi todos os meus cabelinhos, e ele me dizia que eu estava linda todos os dias. Comecei a minha rotina de estadiamento, quimioterapias conciliadas com as atividades do lar e do trabalho, sim, eu escolhi trabalhar durante todo o tratamento.

Em meio aos meus problemas e saúde, eu cuidava dos problemas de saúde dos pacientes do posto de saúde e até que era bom: nunca mais se ouviu um paciente reclamar ou somatizar alguma doença que não existisse, pois eu era a prova viva que existiam coisas piores, muito piores. Realizei 8 quimioterapias, sendo quatro vermelhas e quatro brancas, 26 radioterapias e atualmente tomo o tamoxifeno, realizo as minhas consultas a cada seis meses ou acaso surja algum problema eu posso antecipar se houver necessidade.

A minha oncologista é uma médica amiga, onde ela sabe se posicionar, mas me deixa muito a vontade para expor os meus desejos e angústias quanto ao tratamento. Recentemente realizei também a anexectomia, ainda não tenho filhos, mas pelo Pérola Byington consegui congelar embriões que em um futuro serão implantados, se Deus quiser.

Essa é um pouco da minha grande história que com o passar dos anos ela cresce ainda mais, cresce de mais bons momentos do que dos tristes, porque esses… Ah, esses ficaram no passado, agora é vida nova e eu amo viver.

15 de outubro de 2018

Maristela Viana Maciel

Meu Nome é Maristela Viana Maciel, tenho 54 anos. Em 2007 fui diagnosticada com câncer de tireoide, um dos momentos mais difíceis que já enfrentei. Foram 112 dias sem hormônio no organismo (da cirurgia ao tratamento com radio iodoterapia). Quando, em abril de 2010, fui diagnosticada com câncer de ma...
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15 de outubro de 2018

Maristela Viana Maciel

Meu Nome é Maristela Viana Maciel, tenho 54 anos. Em 2007 fui diagnosticada com câncer de tireoide, um dos momentos mais difíceis que já enfrentei. Foram 112 dias sem hormônio no organismo (da cirurgia ao tratamento com radio iodoterapia). Quando, em abril de 2010, fui diagnosticada com câncer de mama.

Pensei que já tinha passado por tudo na minha vida, quando ouvi da minha mastologista que eu teria que fazer a mastectomia. Naquele momento deixei as lágrimas caírem, passava mil coisas na cabeça: é como uma sentença de morte. Tive que, mais uma vez, buscar forças e seguir adiante.

Fiz a mastectomia, fiz o tratamento com tamoxifeno e tive início de trombose. O tratamento precisou ser suspenso por 33 dias. A minha oncologista falou que isso, em uma pessoa como eu, que tenho um meningioma, adenoma hipofisário e que não tem útero, teriam os sintomas multiplicados por sete em meu organismo.

Fui atendia no Hospital Aristides Maltês aqui em Salvador, e eu só tenho que agradecer por ele existir. Fiz cinco cirurgias lá e fui internada para fazer a radioiodoterapia. Já passei por 12 cirurgias que foram momentos complicados e dolorosos, mas sempre encarei tudo de frente, minha vontade de viver sempre foi grande. O apoio dos meus familiares, dos amigos e do meu companheiro foi de grande importância para mim.

Fiz tudo que os médicos pediram para eu fazer. Compreendi que o meu papel no meu processo de cura era muito importante. A minha fé e alegria não me abandonaram nos momentos mais difíceis. Orava, ouvia música e lia. Fizeram-me um grande bem.

Em 2014 comecei um trabalho de formiguinha, conscientizando as pessoas sobre a importância do diagnóstico precoce na vida de cada um. Comecei meio tímida pelos ônibus e postos de saúde.

Em 2015 foi melhor ainda. Em 2016 foi tão bom que rendeu uma matéria sobre o meu trabalho. Faço esse trabalho de amor para que as pessoas se conscientizem que estou viva graças ao diagnóstico precoce. E quero continuar com esse trabalho sempre. Fiz a opção de não fazer a reconstrução e vivo muito bem assim.

Meu Lema: “Ando devagar porque já tive pressa, e levo esse sorriso por que já chorei demais”.

15 de outubro de 2018

Ana Meire de Sales Barbosa

Olá a todos! Meu nome é Ana Meire, tenho 40 anos, completos ano passado. E, curiosamente, na mesma data do meu aniversário fui diagnosticada com câncer de mama. Imaginem vocês! Que presente, né? Sem sombra de dúvidas, foi mesmo um grande presente na minha vida. Estava no lugar certo e ao lado das pe...
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15 de outubro de 2018

Ana Meire de Sales Barbosa

Olá a todos! Meu nome é Ana Meire, tenho 40 anos, completos ano passado. E, curiosamente, na mesma data do meu aniversário fui diagnosticada com câncer de mama. Imaginem vocês! Que presente, né? Sem sombra de dúvidas, foi mesmo um grande presente na minha vida. Estava no lugar certo e ao lado das pessoas certas, minha família.

Em fevereiro de 2016, quando estava de férias no Ceará (moro no Rio onde também fiz o tratamento), resolvi aproveitar o tempo vago e ir ao mastologista. Já desconfiava que algo não ia bem com a saúde da minha mama direita, apesar de não perceber nenhum nódulo e nem tocá-lo, uma retração na parte inferior da mama me incomodava bastante. Sabe aquela sensação que se tem quando as coisas não vão bem, mas que você não quer admitir? Costumo dizer que é o sopro de Deus em nós. Eu estava assim.

No final de 2015, algo sombrio pairava em minhas preocupações… Pois bem, o fato é que minhas preocupações eram bem fundamentadas. O mastologista, por sinal, muito preciso e solícito, pediu pressa no diagnóstico, que graças a Deus foi muito rápido. Meu primeiro grande presente de aniversário. Deus tem anjos e os usa nas horas precisas. Em menos de 15 dias, eu estava com o diagnóstico em mãos.

Confesso, apesar das minhas suspeitas, não estava preparada para o resultado dos exames, penso que ninguém está. Sem sombra de dúvidas, foi a pior parte de toda essa história. Demorei um pouco para digerir tudo. A realidade era dura de encarar, mas não havia outra saída. Estava com câncer e, por mais doloroso que fosse, ainda estava viva e isso me bastava.

Sempre professei a fé católica. Nela aprendi a confiar minha vida nas mãos de Deus e logo percebi que eu não estava sozinha: o Senhor estava comigo a todo o momento. Ao invés de me entristecer por estar doente, deveria ficar feliz por ter tido a chance de me cuidar… E assim o fiz. No lugar da tristeza, no momento do diagnóstico, coloquei a alegria por ter descoberto a doença no início. Decidi sorrir, porque, realmente, sorrir é o melhor remédio. Meu corpo estava ferido, mas, minha alma estava intacta. As minhas orações aliada às orações dos meus familiares e amigos me tornaram mais forte. Pude experimentar o sopro do Espírito Santo em cada detalhe de todo esse processo.

Estava firme para começar o tratamento. Primeiro a cirurgia (mastectomia radical), meu segundo grande presente de Deus, pois, além de não perder uma mama, retirei um câncer e, de quebra, não precisei fazer esvaziamento axilar. Ao acordar da cirurgia e perceber que não tinha feito esvaziamento quase levantei e dei cambalhotas, de tão agradecida e feliz estava (também, se estivesse feito, estaria feliz da mesma maneira).

Eu não tinha motivos para reclamar, mas todos os motivos para agradecer. A segunda parte do tratamento remetia medo mas, tudo novo em nossa vida remete ao medo e essa não era uma situação diferente. Ergui a cabeça mais uma vez e fui com muita fé encarar os ciclos de quimioterapia que me foram submetidos. Conversei muito com meu Deus e pedi forças para suportar as reações das quimios. Ele me deu mais que forças: simplesmente me carregou no colo durante todo o tempo. Não sofri com a queda do cabelo, pelo contrário, curti minha careca (risos). Fiquei a cara do meu irmão mais novo e, mesmo sem uma mama, sem cabelos, me sentia completa. Continuava feminina e linda. Quando me olho no espelho, agora com os novos cabelinhos dando o ar da graça, vejo apenas VIDA e isso para mim é o bastante para ser FELIZ.

Durante todo meu tratamento tive pessoas essenciais ao meu lado, louvo a Deus por todos! A equipe médica que me acolheu, minha FAMÍLIA, alguém já parou pra pensar a grandeza desse nome? Não tem preço. Meu marido, meu filho e minha mãe, que estavam me acompanhando de perto, foram tudo, por vezes, minha irmã e meu cunhado não mediram forças para estarem ao meu lado nos momentos mais precisos, anjos de Deus em minha vida. E todos os outros que de longe (pai, irmão e familiares) oraram e torceram por mim e os amigos que estiveram sempre por perto orando sem cessar. Aproveito para pedir (peço mesmo) continuem orando! Esses foram e são meus melhores presentes!

As quimioterapias acabaram, ufa! Desde o diagnóstico até hoje, já se passaram onze meses. O tratamento ainda não acabou. Estou fazendo hormonioterapia por mais ou menos dez anos, tudo nas mãos do Pai. Sinto-me ótima e mais feliz do que nunca. Sinto-me CURADA e esse é o maior e melhor presente que Deus me deu a longo prazo. O que Deus quer de mim? Que eu seja FELIZ! Então vida, aqui estou, firme e forte!

O diagnóstico de Câncer não é o fim de tudo, mas o começo de uma grande vitória. Não há câncer suficientemente grande que destrua a força de Deus dentro de você!

15 de outubro de 2018

Rita Caribe R. Dantas

O meu mundo virou de cabeça para baixo no dia 18/11/15, ao receber o resultado de uma ultrassonografia mamária. Fui diagnosticada com câncer de mama, foi um baque tão grande, que só pensei: e agora? Desesperei-me, mais naquele momento Deus enviou dois anjos na minha frente pra me passar força, foram...
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15 de outubro de 2018

Rita Caribe R. Dantas

O meu mundo virou de cabeça para baixo no dia 18/11/15, ao receber o resultado de uma ultrassonografia mamária. Fui diagnosticada com câncer de mama, foi um baque tão grande, que só pensei: e agora?

Desesperei-me, mais naquele momento Deus enviou dois anjos na minha frente pra me passar força, foram o Dr. Helder e Daniela da Saúde Center. Mesmo assim, saí de lá correndo e chorando, achando que ia morrer.

Quando cheguei em casa, chorando muito, minha filha tinha acabado de chegar do trabalho e me perguntava o que tinha acontecido, só consegui mostrar meu exame. Liguei em seguida para minha amiga Rita Lopes, que também já tinha tido a mesma doença, ela me deu o maior apoio, conversou com a minha filha e me pediu calma e repetia que tudo ia da certo. Mas nessa situação a gente acha que tudo vai dar errado. Saí ligando para meus familiares (esposo, filho, sobrinha etc.) na tentativa de diminuir a dor, todos me diziam a mesma coisa: “Calma! Vai dar tudo certo”.

Mas infelizmente eu só pensava que ia morrer, que nunca mais veria meus familiares, que não receberia a chave da minha casa própria. Ao mesmo tempo bateu um desespero por não ter plano de saúde, que teria que fazer pelo SUS, e que infelizmente nosso Brasil é precário de saúde.

O primeiro passo do tratamento já foi muito dolorido, a punção. Pelo meu nódulo ser grande, a agulha grossa me deixava com muito medo. Depois de várias tentativas (pois só realizava o procedimento 1x por semana), consegui fazer, o que só fez confirmar a existência do nódulo maligno. Na consulta com o mastologista, ele orientou que a cirurgia fosse feita de imediato, pois o nódulo estava se desenvolvendo rápido. Minha preocupação era como iria pagar essa cirurgia de imediato, mas graças a minha filha que conseguiu o dinheiro, ela queria deixar tudo resolvido, pois viajaria a trabalho para São Paulo. Graças a Deus, fiz a cirurgia no dia 28/12/15.

O pós-cirurgia foi com muitos incômodos, mas tudo transcorreu bem. Em fevereiro de 2016, fui transferida para ser consultada com o oncologista Dr. Samuel, na Unacon. No dia 12/02/16 fui para a consulta e minha quimioterapia começou depois de 15 dias, fiz 12 brancas e 4 vermelhas. Foi um período com muita dor, sofrimento, incomodo, medo, lágrimas. Mas venci essa batalha, graças a Deus e Nossa Senhora, terminei o tratamento no dia 18/07/16.

Recentemente completou um ano que fiz a cirurgia e que passei por essa turbulência. Venho aqui agradecer a Minha amiga Rita Lopes, que não esta mais entre nós, que me ajudou muito. Sou agradecida ao carinho e o apoio dela, pois a gente se entendia ate quando não se entendia (risos).

Agradeço ao carinho, paciência, companheirismo, palavras de todos comigo nessa etapa, marido, filhos, mãe, sobrinha, afilhada, netas, irmãos, primos, comadres, amigos, enfim, todos aqueles que se fizeram presente de alguma forma. Foi difícil, mas estou vencendo. Pela medicina é cedo para dizer, mas eu creio em Deus e Nossa Senhora que estou curada.

Sou vitoriosa e queria agradecer em especial a minhas netinhas, Peu e Tica, a alegria de vocês me deu esperança nessa jornada. Também sou grata à equipe da Unacon, pessoas especiais que me deram atenção e carinho, ao Dr. Samuel, enfermeiras, auxiliares de enfermagem, recepcionista e todos.

Ao Dr. Julian sempre atencioso e carinhoso, à equipe do Self Day, local onde estou fazendo a reconstituição da mama, agradeço a atenção. Às enfermeiras pelos curativos durante o pós-cirurgia: Daiane, Lorena, Paulinha, muito obrigada pelo cuidado, e por fim, mas não menos importante, a minha comunidade São Pedro por todas as orações e carinho.

MUITO OBRIGADA, EU VENCI!

15 de outubro de 2018

Josiana Carvalho Alves

Olá, meu nome é Josiana Carvalho Alves. Em maio de 2015, em um exame de rotina, descobri um câncer de mama. Meu mundo desabou, fiquei desesperada, pois eu não entendia o porquê. Entretanto, eu tinha duas opções: ou me entregava e morria ou lutava por minha vida. Optei pela minha vida e falei com Deu...
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15 de outubro de 2018

Josiana Carvalho Alves

Olá, meu nome é Josiana Carvalho Alves. Em maio de 2015, em um exame de rotina, descobri um câncer de mama. Meu mundo desabou, fiquei desesperada, pois eu não entendia o porquê. Entretanto, eu tinha duas opções: ou me entregava e morria ou lutava por minha vida. Optei pela minha vida e falei com Deus. Pedi forças a ele e, assim, segui em frente.

Fiz tratamento no Hospital Marcílio Dias e fui muito bem tratada. Fiz três cirurgias, mas não precisei retirar a mama. Fiz quimioterapia e depois 30 sessões de radioterapia. Entretanto, como tudo nesse país, a máquina quebrou umas 15 vezes, por isso demorei a acabar o tratamento.

Minha família foi muito importante para mim, minhas três irmãs, minha mãe, meu esposo e meus dois filhos. Terminei o tratamento em 25 de outubro de 2016, graças a Deus. Não foi fácil, foram muitas lágrimas derramadas! Mas hoje estou aqui, contando meu depoimento a vocês e dizendo que tudo passa! Acreditem, não desanime! Deus é bom, o tempo todo!

15 de outubro de 2018

Bruna Izidora Coelho

Oi pessoal! Meu nome é Bruna Izidora Coelho e tenho 30 anos. Vamos lá contar minha história. Em fevereiro 2015 descobri um nódulo na mama esquerda e de fevereiro de 2015 a março de 2016 fiz várias punções e todas elas davam como resultado “ausência de malignidade”. Só que, como o nódulo já estava be...
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15 de outubro de 2018

Bruna Izidora Coelho

Oi pessoal! Meu nome é Bruna Izidora Coelho e tenho 30 anos. Vamos lá contar minha história. Em fevereiro 2015 descobri um nódulo na mama esquerda e de fevereiro de 2015 a março de 2016 fiz várias punções e todas elas davam como resultado “ausência de malignidade”. Só que, como o nódulo já estava bem grandinho, entrei em acordo com meu mastologista para retirar o nódulo e daí veio a surpresa.

Em maio de 2016 apareceu um nódulo na axila, fiz uma punção, no dia que cheguei ao hospital para retirada do nódulo da mama eis que meu mastologista me chamou e disse: “Não vamos retirar o nódulo todo, pois o resultado da punção axila deu uma alteraçãozinha”. Até hoje escuto a voz dele falando. Ao invés de retirar todo o nódulo, fizemos só uma biópsia.

Durante a recuperação da anestesia, o médico conversou tudo com minha mãe, quando o médico veio me dar alta me entregou o papel com indicação de outro médico, ai recorri ao nosso velho e bom amigo Google. “Dr. Fulano de tal, oncologista” Foi quando meu chão se abriu.

No início fiquei revoltada, com raiva do médico mastologista, perguntando a Deus porque isso aconteceu logo comigo. Chorei várias vezes em silêncio, para que minha mãe não visse meu sofrimento. Só que aí eu pensando bem, resolvi que, para me curar, não depende somente das medicações e sim de mim mesma, da minha aceitação e do meu empenho.

Teve então a visita ao oncologista, que explicou tudo nos mínimos detalhes, os efeitos colaterais como enjoos, a pele ressecada, a possível infertilidade (lágrimas rolaram na hora) e a queda dos cabelos. Eu pedia a Deus todos os efeitos, menos a queda dos cabelos, mas depois coloquei na cabeça: “eu quero a cura que caia todos os fios e que, consequentemente, venha a cura”.

Dia 02/08/2016 veio a primeira quimioterapia e nada de efeitos. Foram quatro seções da quimioterapia A/C. Na segunda semana da segunda seção tive que raspar a cabeça, já não dava mais para sair sem lenço… Daí veio mais 12 seções da quimioterapia branca, sendo a última em 10/01/2017. Pessoa mais feliz não existe, nada como a última quimioterapia.

Medos? De não conseguir lutar contra o câncer, do sofrimento da minha mãe, do meu namoro estar bem recente e pensei do meu amor me deixar. O papel mais importante foi minha musa inspiradora, minha guerreira, minha deusa: a minha mãe.

Hoje só tenho agradecer, aos novos amigos, aos amigos que ficaram do meu lado, aos “amigos” que desapareceram, a minha família, meu Amor e principalmente a Deus, pois sem ele eu não ia conseguir. Agora espero a cirurgia que vai acontecer em fevereiro.

Um beijo e um grande abraço a todos. A luta não acabou, mas a vitória é certa.

15 de outubro de 2018

Ieda Nogueira Grazola

Quando vou contar esta história, nem sei por onde começar. São muitos detalhes e todos são tão importantes nesse capítulo da minha vida. Eu tinha 39 anos quando fui diagnosticada com câncer de mama. Não sentia dor alguma, apenas um caroço que não desaparecia. Desde o dia que descobri, ele só crescia...
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15 de outubro de 2018

Ieda Nogueira Grazola

Quando vou contar esta história, nem sei por onde começar. São muitos detalhes e todos são tão importantes nesse capítulo da minha vida. Eu tinha 39 anos quando fui diagnosticada com câncer de mama. Não sentia dor alguma, apenas um caroço que não desaparecia.

Desde o dia que descobri, ele só crescia silenciosamente. Quando fui ao médico, descobri que havia três nódulos na mama e mais 10 na axila, todos prejudicados com o câncer. Não foi fácil receber a notícia de que minha situação era e que eu precisava correr contra o tempo.

O Dr. João Antônio Guerreiro, do Hospital Erasto Gaertner, olhou pra mim e perguntou se eu estava acompanhada. Eu disse que não, e logo então ele passou o diagnóstico. Ele disse: “precisamos correr contra o tempo… Por mim, deixaria você hoje aqui no hospital e amanhã de manhã você já faria a cirurgia. Nós avisaríamos teus parentes. Mas é necessário passar ainda pelo anestesista. Por isso eu te dou cinco dias pra voltar ao hospital”.

Os outros exames eu já tinha feito. Quando voltei pra casa, não entendia direito o que estava acontecendo. Muita coisa se passava na minha cabeça e eu estava me preparando pra avisar meus familiares. Contei a eles da mesma maneira que o médico me passou o diagnóstico e todos ficaram perplexos, nem acreditaram.

Passados os cinco dias eu voltei ao hospital para fazer a cirurgia. Graças a Deus, eu fiz apenas um quadrante (retirada parcial da mama) e esvaziamento axilar. Após 15 dias, comecei o doloroso tratamento. No dia em que fui assinar os papéis pra começar a quimioterapia, o médico me disse que, como o tumor era um dos piores, eu teria que fazer mais ou menos um ano de quimioterapia mais as sessões de radioterapia. Também seriam necessárias inúmeras fisioterapias por causa do braço (devido à retirada dos linfonodos, o braço ficou com sequelas).

Foi então que chorei e o médico me disse “não chore, seu cabelo vai voltar” e eu disse: “não é por causa do cabelo que estou chorando”. Saí da sala sem dizer o verdadeiro motivo.

O que se passava na minha cabeça naquele momento era: como eu iria dar conta da minha família, da minha casa? Eu não posso fazer este tratamento se vou ficar debilitada e não sei se vou conseguir sobreviver.

Naquela mesma hora lembrei-me de algo que havia ouvido: em nossas vidas existe um presente, um passado e um futuro. O presente era o que eu estava vivendo naquele instante e as próximas decisões que seriam tomadas. O passado era o que eu deixaria para meus filhos com relação a minha decisão de parar e não fazer tratamento nenhum. Isto seria escolher ser uma derrotada. Ou eu poderia seguir adiante e ser vitoriosa. O futuro seria meus filhos e o resultado disto tudo na vida deles: eu poderia deixar pra eles um passado de desistência e derrota ou de luta e vitória.

Foi então que, com muita força vindo do alto, vindo de Deus, eu comecei o tratamento. Foram 6 anos entre cirurgias e tratamentos e hoje estou aqui, mais firme, mais forte e mais confiante. Você nunca sabe a força que tem até que a sua única alternativa é ser forte.

15 de outubro de 2018

Valeria Cândido Marcondes

Estava no final de uma gravidez em dezembro de 2002 quando minha médica pediu para que eu marcasse, para depois do parto, uma cirurgia de retirada de uma pinta de nascença. A pinta tinha se transformado em uma verruga preta e que sangrava, mas não doía. Então veio a hora de nascer o bebê: era tudo o...
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15 de outubro de 2018

Valeria Cândido Marcondes

Estava no final de uma gravidez em dezembro de 2002 quando minha médica pediu para que eu marcasse, para depois do parto, uma cirurgia de retirada de uma pinta de nascença. A pinta tinha se transformado em uma verruga preta e que sangrava, mas não doía.

Então veio a hora de nascer o bebê: era tudo o que eu e meu marido queríamos. Depois de quatro filhos homens veio a Sarah e, em 22 de dezembro, tudo era uma felicidade. Os irmãos se apaixonaram por ela, mas nem tudo são flores.

Passaram-se dois meses e, no meu aniversario em fevereiro de 2003, fiz a cirurgia para retirada da verruga. O material foi para biópsia e qual foi minha surpresa? Eu estava diagnosticada como câncer melanoma, o qual nem sabia que existia. Procurei um oncologista e ele me pediu outros exames, constatando micros nódulos no pulmão e um nódulo em meu fígado.

O médico disse, com todas as palavras, que era o pior câncer e que eu teria que lutar muito, pois o grau era altíssimo. Só o que eu podia fazer era olhar para meus filhos e minha filha e me perguntar por que aquilo estava acontecendo comigo. Eu tinha medo de acabar em cima de uma cama e não levantar mais.

Apeguei-me a Deus e procurei outro médico, que me indicou começar os tratamentos indicados. Na quimioterapia, meus cabelos não caíram, mas tive muitos enjoos. No primeiro ano de tratamento, ficava muito tempo no hospital e, assim, fui tendo força e determinação para vencer esse câncer. Não fiz nenhuma cirurgia para retirar os nódulos e estes não cresceram e nem sofreram mais metástases. Continuei acompanhando meu quadro durante cinco anos, cuidando de minha família também.

Passados dez anos do tratamento, em maio de 2012 fiz uma mamografia como era costume anualmente, descobrindo que no meu seio esquerdo havia um nódulo e, abaixo da axila, havia outro. Fui ao médico e ele pediu para que eu fizesse uma biópsia. Mais uma surpresa: eu estava com câncer de mama (carcinoma).

No momento entrei em desespero, mas com confiança em Deus comecei o tratamento. Para não retirar a mama, o médico achou melhor começar com a quimioterapia, totalizando oito ciclos. Passados 15 dias do primeiro ciclo, meus cabelos começaram a cair e é aí você vê como é ser guerreira, pois veio os enjoos e assim por diante, as reações que a quimioterapia traz.

Concluídos os oito ciclos, não houve redução dos nódulos. Então tive que retirar a mama e realizar um esvaziamento da axila. Passados 20 dias da operação, comecei a radioterapia. Foram 25 sessões.

Tudo isto que passei é motivo hoje para se comemorar. A primeira força foi que minha família não me abandonou: meu marido Ricardo, meus filhos Benjamin, Julio, Dalmiro, Vesio e Sarah. A eles eu agradeço.

Nestas minhas caminhadas aprendi que, o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você é na vida. Levando uma palavra amiga, mostrando que você consegue vencer, não desistir nunca.

Aprendi que devemos deixar sempre as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que vamos vê-los. Perdi muitas amigas no decorrer do tratamento e aqui deixo o meu respeito por elas não terem desistido, por mais difícil que tenha sido.

Aprendi que a minha existência pode mudar para sempre em poucas horas, por causa de gente que eu nunca vi antes, pois você passa a fazer parte desta vida conhecendo novas pessoas e seus problemas. E aprendi que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida. Meu nome é Valeria Cândido Marcondes, tenho 48 anos e moro na cidade de Taubaté/SP.

15 de outubro de 2018