Depoimentos

Irinéia Aparecida dos Santos

Meu nome: Irinéia Aparecida dos Santos. Idade: 56 anos. Não sei ao certo se conto minha história desde 2003, relatando tudo que passei no processo de 3 anos. Período de negação do primeiro diagnóstico, com chances de cura. Mas neguei, não dei a devida importância, essa é a verdade. Em 2006 voltei ao...
Leia mais
15 de outubro de 2018

Irinéia Aparecida dos Santos

Meu nome: Irinéia Aparecida dos Santos. Idade: 56 anos.

Não sei ao certo se conto minha história desde 2003, relatando tudo que passei no processo de 3 anos. Período de negação do primeiro diagnóstico, com chances de cura. Mas neguei, não dei a devida importância, essa é a verdade. Em 2006 voltei ao médico. Novos exames e claro, resultado: câncer de mama (carcinoma ductal invasivo), dia considerado por mim, fatídico. Sozinha, perdida, sem conhecimento, sem informações, sem nada. Não sabia o que era normal ou o que era no que se refere à espera de consultas, exames… Simplesmente fui fazendo de acordo com o que era solicitado. Marido, filhos, fase complicada. Filha ainda criança estava com medo do que estava acontecendo, não entendia. Filho adolescente, de repente… Um neto! Marido… Marido? Eu queria um companheiro!

No dia 26 de outubro do mesmo ano fiz a cirurgia de mastectomia total, quimioterapia e radioterapia. A radioterapia para mim foi a fase mais complicada… Depressão. O pior disso tudo é que eu “era” uma mulher muito orgulhosa (tipo metida mesmo), coisa horrível quando olho para trás!

Nesse caminho encontrei pessoas que me deram apoio, um lugar onde fui compreendida, fui ouvida, fui valorizada independente da minha situação física, emocional e psicológica. Conviver com pessoas iguais, que já passaram pela mesma situação, sabem o que digo. E ELA ESTAVA LÁ DE PORTAS E BRAÇOS ABERTOS… ASSOCIAÇÃO DO CÂNCER AMOR PRÓPRIO! São nove anos de cumplicidade, companheirismo e de luta. Lugar certo, pessoas certas no meu momento mais errado. E a minha primeira lição eu aprendi, pelo amor e pela dor; “pé no chão”. Nossa, como doeu!! Minha vida começou a tomar outro sentido. Hoje, minha atitude em relação a minha saúde é bem diferente de anos atrás. Precisei passar por tudo isso para hoje me valorizar muito mais como mulher, dar mais valor a minha saúde.

Agosto de 2015, um novo diagnóstico, metástase óssea. Começa novamente toda correria. Se bem que devo admitir que as pessoas que já deram entrada na Unidade, que já estão em tratamento, tem seus agendamentos aos procedimentos mais rápidos. Não existe tanta dificuldade. A não ser quando solicitado algum tipo de medicamento ou exame que não a cobertura pelo SUS, aí sim as dificuldades são muitas.

A preocupação é com as pessoas que recebem seu diagnóstico, que precisam ser submetidas a uma biópsia e ficam na fila de espera por oito meses a um ano. Não sei o que pode ser considerado menos ou mais urgente diante do diagnóstico “CÂNCER”! (desabafo).

Insisto na minha caminhada! O que não dá é pra ficar parada! Minha maior professora foi a ASSOCIAÇÃO DO CÂNCER AMOR PRÓPRIO, com ela vêm todas as mulheres que lá estão, pois somos únicas, carregando a mesma bandeira. Minha irmã Marileuse presente em todas as sessões da radioterapia em Blumenau; minha irmã Regina que mesmo distante se fazia presente com suas orações; meu irmão Luís que por vezes me visitou trazendo palavras de conforto e apoio; toda Equipe do CEPON (em 2006 ainda era); Dr. Giuliano Santos Borges; Dra. Estela Regina Eidt; Equipe UNACON; Dra. Karine Costa meu carinho especial a todos que passaram por minha nesta jornada e me olharam com carinho, com sorriso… Sem pena, pois o que vale a pena nesta vida é lutar!

Beijinhos no ombro!

15 de outubro de 2018

Adriana Diogo Corrêa Lobato

Chamo-me Adriana Diogo Corrêa Lobato, tenho 43 anos, sou Assistente Social, sou casada e tenho dois filhos. Sou de Balneário Camboriú, SC. Sou uma pessoa sensível, vaidosa, amo ouvir música e dançar. Amo viver! Minha experiência com o Câncer Bem, eu trabalhava há cinco anos como Agente Comunitária e...
Leia mais
15 de outubro de 2018

Adriana Diogo Corrêa Lobato

Chamo-me Adriana Diogo Corrêa Lobato, tenho 43 anos, sou Assistente Social, sou casada e tenho dois filhos. Sou de Balneário Camboriú, SC. Sou uma pessoa sensível, vaidosa, amo ouvir música e dançar. Amo viver!

Minha experiência com o Câncer

Bem, eu trabalhava há cinco anos como Agente Comunitária em uma Unidade de Saúde, na Estratégia Saúde da Família em Balneário Camboriú. Diariamente eu visitava famílias orientando-as sobre prevenção de doenças e o que mais temia era o câncer, pois vários moradores que visitava faleceram vítimas do câncer. Todos os anos fazia exames como mamografia, ultrassom, preventivo etc. Em 2012 através do preventivo, colo do útero, descobri um NIC 3 (uma alteração celular). Fiz uma conização (retirada só onde esta a lesão), mas o resultado da biópsia era Carcinoma in sito. Em 2013, fazendo o autoexame das mamas, achei o que parecia ser um nódulo. Fiz mamografia, ultrassom e biópsia das mamas, e confirmado: carcinoma ductal invasivo grau 3.

Abri o resultado junto com minhas colegas de trabalho, chorei, não queria acreditar, fiquei sem chão. Por alguns momentos fiquei sentada junto de minhas colegas, em choque, com a voz embargada. Parecia estar vendo um filme da minha vida em frente aos meus olhos. Então comecei a chorar e junto comigo agentes de saúde, técnicas, enfermeiras e médicas.

A partir daí começou minha luta contra o câncer. Fiz uma mastectomia conservadora com esvaziamento axilar em 21 de novembro de 2013 e dia 6 de janeiro de 2014 comecei minha primeira quimioterapia. Foram 4 vermelhas, 12 brancas, 30 sessões de radioterapia e fiz 18 aplicações de Herceptin (injetável) a cada 21 dias durante um ano. Terminei o Herceptin em dezembro de 2015.

Em 9 de fevereiro de 2015 fiz uma histerectomia total, retirei também a vesícula e apêndice, como já havia tido carcinoma no colo, mesmo que no início, com a minha imunidade baixa, corria risco de voltar. Achamos melhor fazer esta cirurgia por prevenção. Mas, novamente, foi mais uma fase difícil. Precisei fazer muito repouso. E quando, então, eu pude respirar, achando que agora era só continuar fazendo os exames de controle… Passo por mais um susto.

Surge uma infecção no local do cateter e dia 7 de julho de 2016. Fui internada para fazer medicação injetável, visto que corria risco de infecção generalizada. Sofri muito desta vez: minhas veias já estão muito frágeis e foi preciso coletar sangue da artéria na virilha para fazer exames.

Fiz um procedimento cirúrgico no dia 10 para retirar meu cateter, e ele se rompeu, ficando uma parte dentro da veia. O médico que fez o procedimento precisou abrir meu pescoço, e nem assim conseguiu retirar. Ficamos eu e minha família tensos com tudo isso e precisei passar por mais um procedimento, mas agora feito por outro médico vascular, e o mesmo conseguiu retirar por vídeo.

Na hora que acordei do procedimento, chorei de alívio e agradeci muito a Deus por ter passado por mais esse susto. Bom, agora é continuar fazendo os exames de controle. Continuo usando o Tamoxifeno (oral) por mais cinco anos. Estou muito feliz com meus novos cabelos, que antes eram lisos, mas agora estou cheia de cachinhos, amei!

Lição que tirei

Devemos aproveitar cada oportunidade para estar ao lado de quem nos ama, aproveitando cada momento para viver e ser feliz. E que, infelizmente, muitas pessoas só entendem quando passam pela mesma situação que eu passei. Aprendi que a doença vem para nos ensinar também, que devemos amar mais as pessoas, se importar mais.

Por este motivo criei um grupo no WhatsApp (Superar é Preciso) só com mulheres que conheci durante meu tratamento, e mais recentemente uma fanpage no Facebook, como um diário para poder compartilhar minha história, rotina e poder incentivar outras pessoas assim como eu também fui através de outras histórias. Fiz muitas amizades que vou levar para toda minha vida. Participei de alguns projetos para elevar a autoestima, como: “Tesouros da Alma”, “Amigos do Peito” e “Outro Olhar da Beleza Sobre o Câncer”.

Atualmente participo do Coral na Associação do Câncer Amor Próprio – Uma Luta Pela Vida, que atua na assistência de pacientes com câncer de mama e ginecológico.

Uma mensagem

Diante de um diagnóstico, não deixe de lutar, porque existe um poder além do normal dentro de cada um de nós. Procure focar na cura, não na doença, por que não há obstáculo que não possa ser superado.

Mantenha sua autoestima elevada, não deixe de fazer o que gosta, converse com quem já passou ou está passando por essa fase, por quê? SUPERAR É PRECISO!

Uma frase

“Superar é Preciso, seguir em frente é essencial”

(Clarice Lispector)

Gostaria de agradecer a Deus em primeiro lugar, pois sem ele nada é possível. Agradecer a minha mãe, por tudo, todos os momentos que esteve comigo, me dando força, orando e dizendo que eu iria ficar bem. Gostaria de agradecer ao meu Oncologista e Cirurgião, Dr. Carlos Cezar Bannach Calasans, que desde a primeira consulta me passou muita segurança e me orientou sobre tudo.

A toda Equipe da Clinica de Neoplasias Litoral, a toda Equipe do UNACON – Unidade De Alta Complexidade Oncológica/HMMKB Itajaí, sempre muito carinhosos com todos os pacientes.

E aos meus colegas de trabalho e amigos, que junto comigo também choraram e me deram força: MUITO OBRIGADA!

15 de outubro de 2018

Roseli de Borba Pereira

Minha história começou em 2010, como sempre, faço a mamografia uma vez por ano. Em 2011, com 51 anos, apareceu um nódulo no meu seio esquerdo, examinado por dois médicos e diagnosticado como cisto. Até que um dia ficou uma mancha escura, procurei uma médica que, apenas ao apalpar com a mão, ela já s...
Leia mais
15 de outubro de 2018

Roseli de Borba Pereira

Minha história começou em 2010, como sempre, faço a mamografia uma vez por ano. Em 2011, com 51 anos, apareceu um nódulo no meu seio esquerdo, examinado por dois médicos e diagnosticado como cisto. Até que um dia ficou uma mancha escura, procurei uma médica que, apenas ao apalpar com a mão, ela já sentiu algo diferente, e com urgência pediu para fazer alguns exames.

Abraçou-me e logo ali senti que algo estranho estava acontecendo. Na ultrassonografia constou que eu estava com um nódulo estranho como BI-RADS V. Fiquei apavorada, nunca vou me esquecer desse dia que estava no banheiro e pensei que não iria conseguir e ali senti uma voz dizendo que eu iria superar tudo isso.

Fiz tudo correto como deveria ser, marquei a cirurgia dia 29 de março de 2012, e então ocorreu tudo bem. Comecei os tratamentos com quimioterapia vermelha a cada 21 dias e radioterapia durante 30 dias seguidos. Senti-me muito amada e, com o apoio da minha família, me senti mais segura e mais perto de Deus. Então conheci a Associação amor Próprio do Câncer, onde me ajudaram bastante e estou até hoje lá, fazendo trabalho voluntário, que faz que eu sinta uma enorme alegria.

15 de outubro de 2018

Silvana Stiliano

Na manhã de uma quinta-feira, percebendo que a cada dia meus cabelos caiam cada vez mais, decidi encarar que aquilo que estava acontecendo – a queda dos cabelos e todos os demais efeitos ruins do tratamento – fazia parte de um processo que deveria acontecer para que eu me curasse. Foi qu...
Leia mais
15 de outubro de 2018

Silvana Stiliano

Na manhã de uma quinta-feira, percebendo que a cada dia meus cabelos caiam cada vez mais, decidi encarar que aquilo que estava acontecendo – a queda dos cabelos e todos os demais efeitos ruins do tratamento – fazia parte de um processo que deveria acontecer para que eu me curasse. Foi quando gravei o vídeo que expôs o desafio pelo qual estou passando e prometendo a mim mesma ter força perante ele.

O retorno que recebi de milhares de amigos, alguns conhecidos outros não, relatando o quanto este posicionamento os havia feito mudar suas perspectivas diante dos mais variados problemas me surpreendeu. Desse movimento nasceu a página CA Talks – Falando sobre Câncer, que traz depoimentos de pessoas que enfrentam ou enfrentaram o câncer, com mensagens focadas nos comportamentos e atitudes que fizeram ou estão fazendo a diferença durante o tratamento.

15 de outubro de 2018

Rílvia Santiago

Eu sou a Rilvia, tenho 36 anos, sou professora universitária, casada e ainda não tenho filhos. Quando soube do meu diagnóstico, eu não conhecia ninguém jovem que tivesse tido câncer de mama e decidi criar uma página no Facebook também para alertar mulheres jovens a se cuidarem desde cedo: Câncer de...
Leia mais
15 de outubro de 2018

Rílvia Santiago

Eu sou a Rilvia, tenho 36 anos, sou professora universitária, casada e ainda não tenho filhos. Quando soube do meu diagnóstico, eu não conhecia ninguém jovem que tivesse tido câncer de mama e decidi criar uma página no Facebook também para alertar mulheres jovens a se cuidarem desde cedo: Câncer de Mama não tem idade!(www.facebook.com/cancerdemamanaotemidade).

Achei difícil acreditar que estava com câncer de mama aos 33 anos. Achei muito injusto isso acontecer comigo e me perguntei: “Por que eu? Por que comigo?” Mas, após passar o choque inicial, vi que eu não poderia passar por isso tudo sem fazer nada pelas outras pessoas. Então, durante meu tratamento conheci muitas meninas que assim como eu, tiveram câncer de mama muito jovens e estavam cheias de dúvidas sobre tudo: tratamento, feminilidade,fertilidade, sexualidade, volta ao trabalho… Temas que não eram muito falado sem outros grupos.

Então convidei algumas meninas para montarmos um grupo para mulheres JOVENS que estavam passando por isso: Grupo Pérolas Rosas. Foi maravilho! Éramos 5 meninas ano passado e hoje somos mais de 80 meninas e fazemos parte da Rede Mama do Ceará.

Dividimos alegrias, angústias, medos, novidades, dicas… Esse Outubro Rosa (2016), participamos de muitas ações aqui em Fortaleza. Sinto-me imensamente grata de poder ajudar outras meninas. Me exponho contando minha estória na tentativa de salvar pelo menos uma vida. Sabemos que quanto antes descobrirmos melhor é o tratamento e maiores as chances de cura. Então quando uma menina se dá conta que pode sim acontecer com ela, é provável que ela se toque, conheça seu corpo e perceba se algo errado aparecer.

Ainda estou em tratamento, fiz quimioterapia em 2014, radioterapia, operei a mama e tirei os linfonodos. Hoje eu já voltei a trabalhar, meu cabelo cresceu, meus valores mudaram, ainda não perdi o peso que adquiri durante as quimios, estou na hormonioterapia tomando tamoxifeno e zoladex e esperando ansiosamente para poder ter filho.

Com certeza, o que me ajudou a passar por esse tratamento que é tão longo e muitas vezes desgastantes, foi ter levado tudo com muito otimismo, bom humor e fé em Deus e, também, ter tido o apoio da minha família, amigos e em especial meu marido, Andrei Levine.

#outubrorosa #cancerdemamanaotemidade #perolasrosas

15 de outubro de 2018

Elaine Cristina

Olá meninas! Para as meninas que ainda não conhecem a minha história, eu me chamo Elaine, tenho 41 anos, casada (muito bem casada) e mãe da Isabela, de 14 anos,e do Isaque, de 9 anos. Novembro de 2011: tudo começou quando mudei de cidade, aí tive que trocar de ginecologista. Como era uma nova pacien...
Leia mais
15 de outubro de 2018

Elaine Cristina

Olá meninas! Para as meninas que ainda não conhecem a minha história, eu me chamo Elaine, tenho 41 anos, casada (muito bem casada) e mãe da Isabela, de 14 anos,e do Isaque, de 9 anos.

Novembro de 2011: tudo começou quando mudei de cidade, aí tive que trocar de ginecologista. Como era uma nova paciente ela me pediu uma bateria de exames e um deles foi ultrassom da tireoide, que acusou 2 nódulos suspeitos. Fiz punção e deu 85% de malignidade. Nesse período senti um caroço na minha mama esquerda, comentei com a ginecologista e ela pediu um ultrassom onde relatava normalidade. Ela então pediu que para eu ficasse tranquila e focasse no tratamento da tireoide.

Fevereiro de 2012: fui para o bloco cirúrgico fazer a tireoidectomia (retirada total da tireoide), pois bem, o CA da tireoide é tranquilo, o tratamento é Iodo. Tomei a dosagem de iodo e fiquei isolada por 15 dias. Depois disso é só ajustar os hormônios com levotiroxina pelo resto da vida. Aquele caroço da minha mama não saía da minha cabeça. Voltei novamente na ginecologista e ela me pediu o ultrassom: o nódulo estava do mesmo tamanho e tudo dentro da normalidade. Ela me pediu então uma punção na qual deu material insuficiente.

A médica disse: “Tá vendo Elaine? Não é nada serio, fique tranquila”. Mas aquilo começou a me incomodar. Eu passava o dia inteiro pensando no maldito caroço. Falei então para o meu marido que iria procurar um mastologista e pedir pra tirar aquilo de mim. Então saí pela busca, passei por uns quatro mastologistas e nenhum deles quis me operar, pois os exames estavam dentro da normalidade.

Até que em outubro de 2012 fui na Dra. Renice Fontes Valadares que, mesmo achando que não era nada, respeitou a minha decisão de tirar e tiramos. Para a nossa surpresa,qual foi o resultado? CARCINOMA LOBULAR INVASOR. Foi uma corrida contra o tempo:exames mais exames até que em novembro de 2012 fizemos o quadrante e o linfonodo sentinela que pela graça de Deus deu negativo.

Passei pelo oncologista para saber qual tratamento iria fazer. Como o tumor que eu tive foi 0,8 cm, ele não me passou quimioterapia, apenas 30 sessões de radio. Como o Tumor era positivo para hormônio, passou também tamoxifeno por 5 anos. Graças a Deus já estou há 3 anos e 10 meses tomando o remédio.

Enfim,meninas, essa é a minha história com câncer. Tive muitos momentos de angústia,dor na alma, medo do amanhã, mas Deus e minha família me deram força a todo o momento e em nenhum deles eu perdi a minha fé! Com o câncer eu pude conhecer tanta gente boa, me tornar uma pessoa melhor, ter mais tempo com a minha família…

Em julho de 2016 fiz um exame de genética BCRA 1 e BCRA 2 que deu positivo (tenho a mutação para desenvolver câncer de mama e de ovários). Em agosto do mesmo ano passei pela histerectomia total com a retirada dos dois ovários por prevenção e ano que vem irei fazer a dupla mastectomia. Enfim, hoje estou bem, graças a Deus.

15 de outubro de 2018

Adelaide Gonçalves Porto

Antes do câncer eu não tinha tempo para a vida, apesar de ter sofrido muito com problemas familiares quando criança. Quando jovem, também não aprendi o que era viver, aprendi só a correr atrás de uma vida melhor, trabalhar muito, pagar contas, ajudar os outros e esquecia de mim. Eu não tinha hora pr...
Leia mais
15 de outubro de 2018

Adelaide Gonçalves Porto

Antes do câncer eu não tinha tempo para a vida, apesar de ter sofrido muito com problemas familiares quando criança. Quando jovem, também não aprendi o que era viver, aprendi só a correr atrás de uma vida melhor, trabalhar muito, pagar contas, ajudar os outros e esquecia de mim.

Eu não tinha hora pra nada nem pra comer direito. Ganhava dinheiro, mas não sabia o que fazer com ele; não era muito, mas dava pra ter uma vida melhor em termos de viver a vida e não apenas passar por ela.

Quando descobri o câncer “nossa, meu mundo caiu!”, a ficha custou a cair como eu ia aceitar essa doença. “Ficar sem meu seio? Nem pensar!”, eu achava que já tinha sofrido demais nessa vida e não ia suportar. Puro engano: sofri muito, chorei demais, me escondi, surtei não queria fazer o tratamento, pois era tudo muito difícil dar entrada nos procedimentos para o tratamento.

Briguei demais com o mundo. Fui à luta com ajuda do meu amado psicólogo que me recebeu de cara no primeiro dia que dei entrada no hospital “surtada”. Não foi fácil a caminhada ainda não é, mas temos que ser fortes e brigar pelos nossos direitos, não desistir jamais por pior que possa aparecer na hora. Depois passa e vem a paz, a sabedoria, o aprendizado de como lidar com tanta dor inicial.

Estou em tratamento e ainda brigo muito, não dou moleza. Porém hoje saio, danço, me divirto, arrumei um “namorido” (risos), coisa que jamais pensei que ia acontecer depois de tanto sofrimento. Sou voluntaria, faço lembranças para doações para as novatas, não ganho mais o que ganhava antes da luta, porém “sou mais eu” hoje. Aprendi que existe vida após o câncer, que antes dele eu não vivia, apenas existia. Hoje canto, danço, me exercito todos os dias, amo a vida, quero viver por muito tempo, pois minha vida começou após o câncer.

Vou parar por aqui porque a história é muito longa. Ah, não posso esquecer: faço um trabalho de ir de casa em casa levando amor, conhecimento de tudo que aprendi com essa doença. Dou amor, carinho, solidariedade a todos que encontro na minha caminhada.

15 de outubro de 2018

Michelle Santos Cancellier Vital

Meu nome é Michelle Santos Cancellier Vital e sou natural de Ubatuba/SP, onde moro. Atualmente tenho 28 anos e aos 25 descobri o câncer de mama. Faltando alguns meses para o meu tão sonhado casamento, fiz o autoexame das mamas e identifiquei um nódulo bem definido e palpável no quadrante superior da...
Leia mais
15 de outubro de 2018

Michelle Santos Cancellier Vital

Meu nome é Michelle Santos Cancellier Vital e sou natural de Ubatuba/SP, onde moro. Atualmente tenho 28 anos e aos 25 descobri o câncer de mama. Faltando alguns meses para o meu tão sonhado casamento, fiz o autoexame das mamas e identifiquei um nódulo bem definido e palpável no quadrante superior da mama direita. Rapidamente, fui realizar um ultrassom das mamas para saber do que se tratava de fato o nódulo.

Na hipótese diagnóstica, constou como se fosse apenas um lipoma. Não satisfeita com o tal laudo e somado à minha história genética (mãe diagnosticada com câncer de mama também aos 25 anos, falecendo aos 27 anos) e acadêmica (sou enfermeira de formação), realizei uma mamografia, a primeira, em que veio o padrão de normalidade, Bi-Rads 1.

Diante disso, fui à Secretaria de Saúde do meu município para ver a possibilidade de ser atendida por um mastologista da rede, já que eu não tinha convênio médico. Para a minha surpresa, havia uma vaga no último horário no AME de Caraguatatuba logo no dia seguinte.

Compareci à consulta onde fui muito bem atendida pelo mastologista Dr. André Girardi Vieira. Ouvindo a minha história e achando anormal o exame não dar em nada, pediu para que eu fosse a Taubaté. Realizei biópsia do nódulo no Hospital Regional dois dias depois, pois lá sairia o resultado mais rápido por tratar-se de um hospital e não de um ambulatório. Sete dias depois veio o diagnóstico: câncer de mama.

Confesso que no fundo eu já esperava por esse resultado em algum momento da minha vida, mas não naquela hora. Amparada pelo meu pai que pela segunda vez segunda vez estaria passando por isso – sendo que a primeira vez foi sem sucesso –, entre lágrimas ele dizia que daria tudo certo.

Chorei, perguntei se iria morrer mais de uma vez, se eu poderia me casar, já que esse era o meu maior sonho na vida: casar e ser mãe, formar a minha família. A enfermeira que estava acompanhando o médico, Giselle, também conhecida como anjo sem asas, me acolheu e me cuidou como se eu fosse a única pessoa que existisse no mundo, me dando mil possibilidades de viver feliz com essa notícia.

Nesse dia o doutor solicitou os exames pré-operatórios, me encaminhou ao anestesista e a cirurgiã plástica Dra. Cristina, que me avaliou mesmo sem eu estar agendada para realizar a cirurgia; todos estavam dispostos a correr contra o tempo para que eu pudesse realizar o meu sonho.

Foi me dado a opção de realizar a mastectomia parcial ou radical, eu escolhi a radical: retiraria as duas mamas. Dali a menos de três semanas eu recebi uma ligação pedindo para que eu me internasse para a cirurgia, e assim fui. Realizei a mastectomia e foi colocado o expansor devido a necessidade de realizar radioterapia posteriormente.

Em 04/04/2014 eu nasci de novo e em 10/05/2014, menos de 40 dias de cirurgia, quase sem peitinho nenhum e com um vestido lindo e todo adaptado à minha necessidade eu me casei com a pessoa mais especial e generosa que jurou me proteger até que a morte nos separasse.

Em 12 dias após a Lua de Mel eu perdi todos os meus cabelinhos, e ele me dizia que eu estava linda todos os dias. Comecei a minha rotina de estadiamento, quimioterapias conciliadas com as atividades do lar e do trabalho, sim, eu escolhi trabalhar durante todo o tratamento.

Em meio aos meus problemas e saúde, eu cuidava dos problemas de saúde dos pacientes do posto de saúde e até que era bom: nunca mais se ouviu um paciente reclamar ou somatizar alguma doença que não existisse, pois eu era a prova viva que existiam coisas piores, muito piores. Realizei 8 quimioterapias, sendo quatro vermelhas e quatro brancas, 26 radioterapias e atualmente tomo o tamoxifeno, realizo as minhas consultas a cada seis meses ou acaso surja algum problema eu posso antecipar se houver necessidade.

A minha oncologista é uma médica amiga, onde ela sabe se posicionar, mas me deixa muito a vontade para expor os meus desejos e angústias quanto ao tratamento. Recentemente realizei também a anexectomia, ainda não tenho filhos, mas pelo Pérola Byington consegui congelar embriões que em um futuro serão implantados, se Deus quiser.

Essa é um pouco da minha grande história que com o passar dos anos ela cresce ainda mais, cresce de mais bons momentos do que dos tristes, porque esses… Ah, esses ficaram no passado, agora é vida nova e eu amo viver.

15 de outubro de 2018

Fabiana Vicente

Meu nome é Fabiana, tenho 35 anos e gostaria de compartilhar a minha história com vocês. Aos 23 anos descobri que estava com câncer de mama. Foi um choque, pois era muito jovem, e ao mesmo tempo um alívio tomou conta de mim, pois eu tinha descoberto cedo e tinha chance de me curar. Fui a vários médi...
Leia mais
1 de outubro de 2018

Fabiana Vicente

Meu nome é Fabiana, tenho 35 anos e gostaria de compartilhar a minha história com vocês. Aos 23 anos descobri que estava com câncer de mama. Foi um choque, pois era muito jovem, e ao mesmo tempo um alívio tomou conta de mim, pois eu tinha descoberto cedo e tinha chance de me curar.

Fui a vários médicos e eles me diziam que eu “não tinha idade pra ter câncer”, mas algo dentro de mim me dizia para não desistir. Consegui o diagnóstico em 29 de agosto de 2006 e comecei uma batalha contra essa doença, já sabendo q iria ser vencedora. Fiz quimioterapia, mastectomia radical com esvaziamento axilar, radioterapia e só depois de todo o tratamento eu fiz reconstrução mamária. Foi muito difícil,mas eu tenho uma filha – que na época tinha apenas três anos – que precisava de mim;

Vencia batalha e hoje sou uma mulher com 35 anos, tendo sido presenteada com uma gravidez de um lindo menino que está com três anos. Tudo o que passei foi uma lição de vida. Gostaria muito que as mulheres que estão passando por isso agora soubessem que a cura também depende de nós. Não podemos jamais nos entregar,temos que lutar para que a doença não seja a vencedora. Podemos ter uma qualidade de vida: muitas mulheres acham que não podem mais ter filhos e perde mas esperanças. Eu queria dizer a elas que isso é possível, basta acreditar! Que todas tenham uma boa saúde!

1 de outubro de 2018