Dominique Wolton, estudioso da comunicação, defende que a comunicação é, em sua essência, uma forma de amor. Essa visão encontra eco profundo no contexto da saúde, onde a comunicação empática entre profissionais de saúde e pacientes é fundamental para estabelecer relações de confiança e promover o bem-estar. Nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), essa perspectiva ganha ainda mais relevância. Como porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), as UBSs são o primeiro contato de muitas pessoas com os serviços de saúde. Além de desempenharem um importante papel na prevenção de doenças.
Mas, para a qualidade desse atendimento, mais do que afeto, precisamos que os profissionais de saúde tenham educação continuada e acesso a informações claras e atualizadas sobre as melhores práticas. Documentos normativos como o Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Câncer de Mama são ferramentas indispensáveis nesse contexto. O PCDT do Câncer de Mama, elaborado pelo Ministério da Saúde, apresenta as diretrizes para o diagnóstico, tratamento e acompanhamento do câncer de mama no SUS.
Este documento está pronto, mas ainda não foi publicado. Sem essa publicação, tratamentos já incorporados pelo SUS não estão disponíveis para a população. Isso significa que muitas mulheres estão sendo privadas do direito ao acesso a terapias eficazes e seguras. O PCDT é mais do que um documento técnico; ele é um instrumento de garantia de direitos. Ao estabelecer diretrizes claras e padronizadas, o PCDT contribui para reduzir as desigualdades no acesso ao tratamento e para melhorar os resultados em saúde.