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City Cancer Challenge conclui diagnóstico situacional do câncer

Os principais desafios da capital gaúcha no enfrentamento do câncer foram apresentados ao Comitê Executivo do programa City Cancer Challenge (C/Can) nessa quarta-feira, 29, em reunião do Comitê Executivo, realizada no Hospital Moinhos de Vento. Porto Alegre é a capital com maior taxa de mortalidade por câncer no Brasil e foi selecionada para participar do C/Can em maio de 2018.

O C/Can objetiva construir um mundo onde as cidades promovam serviços de câncer de qualidade e acessíveis para todos. Para atingir este objetivo, o C/Can está criando uma comunidade global de cidades e alianças estratégicas trabalhando juntas no desenho, planejamento e implementação de soluções para salvar vidas.

A iniciativa multissetorial é liderada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), pela Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama), e pelo Hospital Moinhos de Vento, e reúne todas as instituições públicas e privadas que prestam serviços oncológicos na cidade.

Conforme a gerente regional do C/Can em Porto Alegre, Stephanie Shahini, o comitê executivo multissetorial prioriza necessidades específicas, localiza parceiros para capacitação, estabelece modelos de financiamento sustentáveis, monitora e compartilha os resultados com outras cidades ao redor do mundo. As atividades das cidades lideradas localmente são apoiadas por uma equipe global em Genebra. A diretora regional de C/Can na América Latina, dra. Silvina Frech, ressalta que um dos pilares da iniciativa é a liderança que as cidades assumem para decidir as suas prioridades e desenhar soluções sustentáveis.

Na quarta-feira, no Hospital Moinhos de Vento, os integrantes do projeto, médicos Marcelo Capra, Rafael Vargas, Guilherme Geib e Andre Fay apresentaram ao Comitê Executivo os resultados de um amplo diagnóstico realizado por meio de questionário aplicado aos especialistas da cidade. O diagnóstico foi elaborado por 17 grupos de trabalho de 33 instituições diferentes, envolvendo 168 profissionais. Desde março, uma série de reuniões temáticas também foram realizadas no intuito de avaliar as necessidades e lacunas para aprimorar os serviços. De um total de 88 necessidades e ações identificadas, 33 foram pré-selecionadas.

Entre alguns desafios a serem enfrentados estão: a dificuldade de acesso ao diagnóstico e a demora até o tratamento, dificuldade em obter dados e informações de registro da doença e a qualidade dos dados disponíveis para avaliar a qualidade do tratamento e do planejamento de políticas públicas, falta de protocolos e diretrizes e de multidisciplinaridade no manejo da doença e a dificuldade de acesso a medicamentos e procedimentos que oferecem mais qualidade no tratamento de pacientes.

“A ideia é reunir esforços para identificar os problemas e pensar em soluções que modifiquem a realidade, no sentido de dar mais qualidade de vida e assistência ao paciente oncológico. Terminamos uma etapa de diagnóstico e, a partir de agora, começamos a pensar em estratégias efetivas no combate à doença”, destacou o secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer, lembrando que o C/Can é uma iniciativa apoiada internacionalmente que une a excelência dos serviços de oncologia da Capital para pensar em estratégias de qualificação do tratamento de pessoas com câncer.

Engajamento e mobilização – Durante a semana, as lideranças do C/Can também trabalharam na mobilização de parcerias estratégicas para fortalecer a iniciativa. O projeto foi apresentado na Federasul e na Frente Parlamentar sobre o Câncer na Mulher da Assembleia Legislativa. Ambas as instituições demonstraram apoio ao movimento.

Para a líder do Comitê Executivo do C/Can, médica mastologista do Núcleo Mama do Hospital Moinhos de Vento e presidente voluntária da Femama, Maira Caleffi, o C/Can é uma iniciativa inovadora, uma tecnologia social que propõe uma nova forma de enfrentamento de um problema grave: a crescente incidência e mortalidade do câncer em Porto Alegre. “Essa é a maneira mais adequada de enfrentar os desafios que estamos identificando. É gratificante ver o engajamento e a mobilização que as lideranças em saúde em nossa cidade estão tendo com esse processo”, avalia.

A enfermeira Tatiana Breyer, coordenadora-adjunta da atenção hospitalar e líder do C/Can na Secretaria Municipal de Saúde, ressaltou que a iniciativa é um marco na realidade de saúde de Porto Alegre. “Nunca fizemos isso na história. É uma ação totalmente inovadora que vai trazer muitos benefícios aos pacientes, nosso principal objetivo.

Próximos passos – A lista de desafios encontrados no diagnóstico será agora consolidada no Relatório Final, que deve ser apresentado pelo C/Can ao Comitê Executivo até o fim do mês de junho. O documento servirá de base para a construção de um mapa de atividades aplicáveis e operacionais que nortearão o trabalho de implementação das soluções propostas. A expectativa é concluir o plano de ação no mês de setembro. Com a disseminação dos resultados, o programa visa ainda a ativar e mobilizar parceiros de diversos segmentos públicos e privados que possam contribuir com a iniciativa.

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