
A Femama agora integra a Aliança Pesquisa Clínica Brasil, uma organização não governamental que tem como objetivo principal regulamentar a Pesquisa Clínica no país, e buscar um processo de aprovação menos burocrático tanto para a pesquisa como para a produção de medicamentos.
Apresentada em São Paulo, em abril, a Aliança Pesquisa Clínica Brasil é formada por um grupo de pesquisadores, associações de pacientes e organizações responsáveis pela condução de projetos de Pesquisa Clínica. A iniciativa propõe engajar a sociedade sobre a importância deste segmento para a saúde pública e sugerir medidas de expansão, para torná-lo transparente, ágil, ético, menos burocrático e mais eficiente.
A Aliança defende que os comitês de Ética em Pesquisa (CEP) sejam autônomos para decidir sobre a autorização ou não da pesquisa, além de sensibilizar as autoridades competentes, no sentido de melhorar o diálogo e reduzir os prazos de avaliação, por meio da racionalização do processo e da descentralização do sistema de avaliação. Já a expectativa de médio/longo prazo é conduzir a elaboração de um Projeto de Lei que regulamente a Pesquisa Clínica no Brasil.
As pesquisas clínicas são indispensáveis no processo de desenvolvimento de um novo medicamento, pois é através delas que as indústrias farmacêuticas realizam estudos em pacientes de demonstram interesse em participar voluntariamente comparando os resultados e efeitos do novo medicamento proposto com as drogas já existentes no mercado. O processo de aprovação é atrasado, leva de 12 a 15 meses para ser aprovado no Brasil. Atualmente, para que uma pesquisa de novo medicamento envolvendo seres humanos possa ser iniciada no Brasil, é necessária a aprovação da Comissão de Ética em Pesquisas Clínicas (CEP), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa Clínica (CONEP). A intenção não é diminuir o rigor das aprovações, mas dar mais agilidade aos processos.
Além da Femama, integram a Aliança a ABRACRO (Associação Brasileira das Organizações Representativas de Pesquisa Clínica); AMB (Associação Médica Brasileira); APCB (Associação de Pesquisa Clínica do Brasil); CCBR Brasil (Center for Clinical and Basic Research); Instituto Oncoguia; Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa); SBMF (Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica); LACOG ? Latin American Cooperative Oncology Group; SBOC ? Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica; UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro); CPCLIN ? Centro de Pesquisas Clínicas; GBECAM ? Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama; Grupo Otimismo; Hüning Instituto de Oftalmologia e Pesquisa; ISMEP (Instituto Santa Marta de Ensino e Pesquisa); CEDOES (Centro de Diagnóstico e Pesquisa do Espírito Santo);CEPIC (Centro de Pesquisas Clínicas); IMA (Instituto de Medicina Avançada) e pesquisadores independentes.
Saiba mais sobre a importância da Pesquisa Clínica para o paciente e como participar.