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Fórum FEMAMA reúne representantes de pacientes de todo o Brasil para definir prioridades na ação contra os cânceres femininos em 2024

Entidades de pacientes de todo o país estiveram reunidas nos dias 29 e 30 de novembro, em São Paulo, durante o 10º Fórum de Controle do Câncer da Mulher, promovido pela FEMAMA. O evento, que teve como temática o Paciente no Centro do Cuidado, contou com palestras de especialistas e a realização da Assembleia anual da entidade, momento no qual as associadas escolheram as prioridades de ação da rede para 2024.

“Escuto das pacientes que elas não são tratadas como pessoas, mas como cânceres. É preciso colocar a pessoa com câncer no centro do cuidado”, diz a médica mastologista e presidente voluntária da FEMAMA, Maira Caleffi. “Está é uma doença em crescimento e não existe mais espaço para empirismo. Avançamos muito e seguiremos avançando cientificamente”, explicou o oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e membro do comitê científico do Instituto Vencer o Câncer, Abraão Dornelles. 

Para o oncologista, diretor médico da Oncologia Vera Cruz e membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Andre Sasse, o setor obteve avanços, como a recente aprovação da política nacional, mas há perspectivas a se discutir no país, como os preços de medicamentos e a gestão e fluxos na jornada, que ainda confunde médicos e pacientes. Para Renata Curi, diretora da consultoria Prospectiva, o Brasil precisa avançar em modelos de parcerias entre indústria farmacêutica e sistema público. “São agentes que sequer sentam na mesma mesa”, constatou a palestrante.

O presidente do Conselho Científico da FEMAMA e coordenador do Centro Avançado em Terapia de Suporte e Medicina Integrativa do Centro de Oncologia do Hospital Oswaldo Cruz, Ricardo Caponero, foi enfático ao afirmar que são dois os fatores que mais matam de câncer no país. “A ignorância e a falta de acesso”, decretou Caponero. O oncologista destacou ainda que, enquanto a incidência das mortes pela doença diminui nos países desenvolvidos, no Brasil a curva segue o caminho oposto. 

A cirurgiã oncológica do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e presidente do Departamento de Políticas Públicas da SBOC, Sandra Gioia, explicou que reduzir as barreiras entre os pacientes e o acesso ao sistema de saúde brasileiro conecta os recursos e pode salvar vidas. Conforme a sanitarista e tecnologista do INCA Mônica de Assis, está em curso a reavaliação da faixa etária para indicação da mamografia periódica pelo Ministério da Saúde – atualmente a partir dos 50 anos.

Para o ano de 2024, as associadas definiram as seguintes prioridades para atuação em rede: 

  1. Atuar pelo cumprimento dos direitos do paciente oncológico, sobretudo no que se refere à disponibilização de medicamentos incorporados pelo governo federal, garantindo pleno acesso aos usuários do SUS.
  2. Incentivar a inclusão da testagem genética e genômica para prevenção e detecção precoce de cânceres de mama e ovário no SUS através da aprovação de Lei Federal.
  3. Ampliar as ações de visibilidade da causa dos pacientes oncológicos, mobilizando mais pessoas e organizações para fortalecer a Rede FEMAMA no enfrentamento e controle dos cânceres femininos. 
  4. Acompanhar e apoiar a qualificação dos profissionais da Atenção Primária em Saúde, contribuindo para a conscientização sobre o câncer em todos os níveis do sistema público de saúde.
  5. Ampliar as ações em prol da participação social da população e sobretudo de pacientes oncológicos nos espaços de decisão dos poderes executivo e legislativo, nos níveis municipal, estadual e federal. 

O Fórum FEMAMA acontece anualmente e é o principal encontro da maior rede de pacientes no país.

 

O evento teve apoio de AstraZeneca, Libbs, MSD, Novartis, Pfizer e Roche. 

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