
A associada da Femama no Rio de Janeiro, Fundação Laço Rosa, em parceria com a Niterói Mais Humana e a Prefeitura de Niterói, traz ao Brasil o fotógrafo David Jay, responsável pelo Scar Project. Neste projeto, mulheres entre 18 e 35 anos posam para a lente do fotógrafo, exibindo as cicatrizes da mastectomia (retirada total ou parcial dos seios), que realizaram como parte do tratamento ao câncer de mama. Aproximadamente cem mulheres em diversos países já foram fotografadas, porém esta é a primeira vez que brasileiras participam da ação.
As sessões de foto com David Jay acontecem entre os dias 2 e 6 de agosto, na cidade de Niterói e o resultado poderá ser conferido no MAC (Museu de Arte Contemporânea de Niterói) em outubro como parte das ações que integram o movimento Outubro Rosa.
A presidente da Fundação Laço Rosa, Marcelle Medeiros, fala da importância da vinda do fotógrafo ao Brasil: “Parte importante do trabalho da Laço Rosa diz respeito ao resgate da autoestima da mulher que passa por um câncer. Como nós, David percebe as mulheres que enfrentam ou já enfrentaram esta situação como vitoriosas, guerreiras. A vinda dele ao Brasil é um reforço importante nessa batalha diária”.
Fernanda Sixel, presidente da Niterói Mais Humana, ressalta a relevância deste projeto e da parceria para sua viabilização: “Nosso objetivo como instituição é apoiar e promover campanhas e projetos que assim como o Scar Project, eduquem e transformem posturas ajudando a derrubar preconceitos e a criar uma cidade, uma sociedade, mais humana e sensível. Para nós é uma grande satisfação apoiar o Scar Project, a Laço Rosa. Entendemos que fazer isso é dar visibilidade a histórias de mulheres corajosas, que se despem não só fisicamente, mas despem sua alma e nos ensinam a beleza da vida.”
Scar Project
O Scar Project nasceu a partir de uma experiência pessoal de David Jay, que trabalha com moda há mais de 15 anos. Uma amiga do fotógrafo, na época com 28 anos, aceitou posar para ele mostrando o resultado da cirurgia de retirada de um dos seios. Daí em diante, outras centenas de mulheres foram clicadas e as fotos correram o mundo. O projeto busca alertar para o diagnóstico precoce do câncer de mama e angariar fundos para programas de pesquisa sobre a doença, além de ajudar mulheres que passaram por este tratamento a encarar suas cicatrizes e seus corpos.
Com informações de O Fluminense