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Maira Caleffi discute Cobertura Universal de Saúde em evento em Genebra

No painel “Além das manchetes: o que será necessário para enfrentar o crescente impacto do câncer?”, realizado no dia 21 de maio em Genebra, Dra. Maira Caleffi, médica mastologista presidente voluntária da FEMAMA, falou sobre cobertura universal da saúde e a necessidade de trazer o câncer para o centro desse debate. O painel ocorreu durante a 72ª Assembleia Mundial da Saúde, que é organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) entre os dias 20 e 28 de maio na cidade suíça.

A cobertura universal de saúde pressupõe que todos os indivíduos e comunidades recebam os serviços de saúde de que precisam, sem que isso comprometa sua situação financeira. Inclui todo o espectro de serviços de saúde essenciais e de qualidade, desde a promoção até a prevenção, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos. O Brasil adotou este modelo na Constituição Federal em 1988, no artigo que determina que a saúde é direito de todos e dever do Estado, e instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS) para efetivar esse preceito. De acordo com a médica, no entanto, após 30 anos estamos longe de ter na prática o que a lei define, principalmente para pacientes com câncer. “Esperar por tratamentos de câncer no Brasil leva tanto tempo que muitos pacientes desistem e aceitam seu diagnóstico como destino”, afirma.

Segundo Caleffi, algumas dificuldades que precisam ser enfrentadas para mudar as taxas de mortalidade crescentes para os tipos mais prevalentes de câncer são:

1. Tempo de espera longo de diagnóstica de pacientes sintomáticos, o que aumenta os casos de diagnósticos tardios;
2. Opções limitadas de tratamento para pacientes de câncer que dependem do sistema público de saúde;
3. Falta de acesso a abordagens multidisciplinares para o tratamento do câncer;
4. Falta de programas de prevenção e rastreamento para a maioria dos cânceres.

Para a presidente da FEMAMA, qualquer modelo de cobertura universal de saúde deve abordar o impacto econômico e garantir um programa de financiamento para o câncer e outras doenças crônicas. Uma das questões mais prementes é como fazer do câncer uma questão de atenção prioritária, uma vez que essa é a segunda causa de morte em saúde no mundo.

“Vamos aprender com os erros dos países que possuem um modelo de cobertura universal de saúde. Não podemos nos dar ao luxo de gastar mais tempo, mais dinheiro, mais vidas cometendo os mesmos erros. Para que os pacientes tenham voz ouvida é mandatório abrir o diálogo, ter mais transparência e encontrar soluções!”, declara.

O painel teve como moderadora a premiada jornalista inglesa Shuilie Ghosh. A cobertura universal em saúde é um dos principais assuntos a serem discutidos por delegações do mundo inteiro na Assembleia.

 

O que é a Assembleia Mundial da Saúde?

A Assembleia Mundial da Saúde é o órgão de decisão mais alto da Organização Mundial da Saúde (OMS). Reúne delegações de todos os países membros da OMS para discutir os principais tópicos de saúde, desenvolver, debater e decidir as futuras prioridades da OMS e trabalhar para supervisionar o plano de trabalho atual. A Assembleia acontece todos os anos em Genebra, Suíça.

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