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Norte e Nordeste têm maior taxa de mortalidade entre pacientes de câncer

A estimativa do número de pessoas nas regiões Norte e Nordeste que virão a óbito em decorrência a algum tipo de câncer é maior nas regiões Norte e Nordeste que no Sul e Sudeste, para o biênio 2019/ 2020. A informação foi apresentada por Inez Gadelha, diretora do Departamento de Atenção Especializada e Temática, do Ministério da Saúde, durante Fórum Todos Juntos Contra o Câncer. O encontro reuniu no Hotel Praia Centro, na Praia de Iracema, nesta quinta, 27, e sexta, 28, oncologistas das duas regiões para propor soluções de prevenção e controle do câncer.

Dados do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) apontam, na previsão feita para o ano de 2018, que tenham ocorrido 58.770 casos de cânceres no Nordeste e, no Norte, 11.590. No Sul, as patologias previstas para o ano passado foram de 72.560 e no Sudeste, 135.590. “As razões para haver mais mortes no Norte e no Nordeste é a demora no diagnóstico e a dificuldade de acesso aos tratamentos adequados”, aponta Gadelha.

No total, o fórum reuniu 30 palestrantes de diversas áreas da saúde com cinco painéis de debates. Entre os assuntos, o controle social e o papel das Organizações Não Governamentais para a melhoria da atenção ao paciente, o raio-x da assistência oncológica, como empoderar o paciente para ampliar a humanização e permitir a decisão compartilhada, entre outros.

A oncohematologista Paola Torres, professora do curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará, aponta que o evento foi direcionado à aprendizagem. “É para que a gente debata e discuta ideias, saber que perguntas a gente quer fazer e quais as respostas para essa perguntas. Porque nem sempre as coisas que a gente está lutando e os recursos que a gente tem são direcionados adequadamente”, informa ela, presidente do Instituto Roda da Vida, associação que usa a medicina integrativa e trabalha a integração terapêutica, educação e acesso a informação a pessoas com câncer.

Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobepe), são estimados 12.500 mil novos casos de câncer em crianças e adolescentes no País, todos os anos no País. Atualmente, o câncer representa a segunda causa de mortalidade proporcional na faixa-etária entre 1 e 19 anos, para todas as regiões.

A patologia é a primeira causa de morte por doenças, após 1 ano de idade, até o final da adolescência. “Dessa forma, revestem-se de importância fundamental para o controle dessa situação e o alcance de melhores resultados, as ações específicas do setor saúde, como organização da rede de atenção e desenvolvimento das estratégias de diagnóstico e tratamento oportunos”, destaca Torres.

O Inca estima que, no Brasil, para cada ano do biênio 2018-2019 ocorram 420 mil casos novos de câncer, sem considerar o câncer de pele não-melanoma. O percentual dos tumores infanto-juvenis brasileiros é de 3%. Serão 12.500 casos novos de câncer em crianças e adolescentes até os 19 anos.

No adulto, as principais causas para o desenvolvimento da doença são os hábitos de vida, infecções e ambiente de trabalho. Nas crianças, ainda não foi diagnosticado um fator único responsável pela produção de células neoplásicas. Algumas condições, no entanto, podem ser atribuídas como causadoras, como os fatores genéticos, a exposição à radiação solar, irradiação, agrotóxicos, alimentos embutidos, entre outros. As condições gestacionais da mãe, como o eventual uso de drogas na gravidez, infecções virais, excesso de consumo de alimentos industrializados são elementos que podem causar a doença.

 

Fonte: O Povo, 29/06/2019

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