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Parecer técnico Femama: Trastuzumabe no câncer de mama HER2-positivo

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O endereço para envio de contribuições está à disposição no endereço eletrônico:
http:// portal. saude. gov. br/ portal/ saude/ Gestor/ visualizar_ texto.cfm?idtxt=39823&janela=1.


Parecer técnico Femama: Trastuzumabe no câncer de mama HER2-positivo

O câncer de mama é a neoplasia maligna mais comum em mulheres no mundo todo. A cirurgia e a radioterapia são as principais modalidades de tratamento para o controle local desta doença. No entanto, mais de 60% das mulheres morrerão devido a recorrência da doença em outros órgãos. Três tipos de tratamento sistêmico adjuvante (pós-operatório) mostraram-se eficazes em reduzir significativamente a chance do câncer de mama recorrer apos a cirurgia curativa: a quimioterapia, o bloqueio hormonal (para pacientes com presença de receptores hormonais no tumor) e o uso de bloqueadores da HER2 em pacientes com câncer de mama HER2-positivo.

A super-expressão de HER2 ocorre em 20-25% dos tumores malignos de mama e esta associada a doença mais agressiva, com maior grau e maior propensão para o desenvolvimento de metástases a distancia, o que leva a maior risco de morte pelo câncer (1). Estima-se que, no Brasil, houve uma incidência de 10.000 a 14.000 novos casos de câncer de mama HER2-positivo no ano de 2010.

Estudos pré-clínicos mostraram que a agressividade mediada pela presença do HER2 pode ser revertida através do uso de anticorpos monoclonais contra o receptor do HER2 (2-4). Estudos clínicos subsequentes confirmaram a efetividade do trastuzumabe, um anticorpo monoclonal humanizado que se liga com alta afinidade ao sitio extra-celular da proteína HER2, no tratamento do câncer de mama avançado HER2-positivo (5-8). Tais resultados levaram a aprovação do trastuzumabe no câncer de mama metastático.

Os resultados significativamente positivos do trastuzumabe no câncer de mama metastático levaram a sua avaliação no câncer de mama inicial, ou seja, sem metástases para órgãos distantes. Cinco estudos multicêntricos e randomizados mostraram redução de 39-52% no risco de recorrência do câncer de mama (9-12) e redução de 33% no risco de morte pela doença (9,10). Juntando todos os estudos, mais de 12 mil pacientes foram avaliadas, incluindo pacientes brasileiras, em estudos randomizados, os quais geram o melhor nível de evidencia cientifica disponível para avaliação de novos tratamentos.

O racional para o uso do trastuzumabe no tratamento do câncer de mama inicial deriva do melhor entendimento do câncer de mama do ponto de vista molecular (13, 14). Atualmente, sabemos que não existe apenas um tipo de câncer de mama, mas sim, mais de 6 subtipos moleculares diferentes, cada qual com suas particularidades no que diz respeito a agressividade tumoral, chances de resposta aos tratamentos e risco de recidiva e morte pela doença. A medida que o conhecimento vai sendo refinado, permite-se que ocorra o desenvolvimento de estratégias de tratamento mais racionais e mais efetivas para determinado tipo de câncer de mama. O trastuzumabe foi desenvolvido e testado dentro do conceito de terapias-alvo para o câncer de mama, seguindo os preceitos básicos necessários para o desenvolvimento e o teste de novas dr ogas em seres humanos. Desta forma, e incontestável o seu beneficio e a necessidade de sua incorporação pelo Sistema Único de Saúde no Brasil. Além disso, de acordo com os estudos citados recomenda-se que o trastuzumabe seja administrado pelo período por um ano e por isso a Femama acredita que as pacientes do SUS devam receber o tratamento completo da mesma forma que as pacientes dos convênios (saúde suplementar). (1). Estima-se que, no Brasil, houve uma incidência de 10.000 a 14.000 novos casos de câncer de mama HER2-positivo no ano de 2010.

Estudos pré-clínicos mostraram que a agressividade mediada pela presença do HER2 pode ser revertida através do uso de anticorpos monoclonais contra o receptor do HER2 (2-4). Estudos clínicos subsequentes confirmaram a efetividade do trastuzumabe, um anticorpo monoclonal humanizado que se liga com alta afinidade ao sitio extra-celular da proteína HER2, no tratamento do câncer de mama avançado HER2-positivo (5-8). Tais resultados levaram a aprovação do trastuzumabe no câncer de mama metastático.

Os resultados significativamente positivos do trastuzumabe no câncer de mama metastático levaram a sua avaliação no câncer de mama inicial, ou seja, sem metástases para órgãos distantes. Cinco estudos multicêntricos e randomizados mostraram redução de 39-52% no risco de recorrência do câncer de mama (9-12) e redução de 33% no risco de morte pela doença (9,10). Juntando todos os estudos, mais de 12 mil pacientes foram avaliadas, incluindo pacientes brasileiras, em estudos randomizados, os quais geram o melhor nível de evidencia cientifica disponível para avaliação de novos tratamentos.

O racional para o uso do trastuzumabe no tratamento do câncer de mama inicial deriva do melhor entendimento do câncer de mama do ponto de vista molecular (13, 14). Atualmente, sabemos que não existe apenas um tipo de câncer de mama, mas sim, mais de 6 subtipos moleculares diferentes, cada qual com suas particularidades no que diz respeito a agressividade tumoral, chances de resposta aos tratamentos e risco de recidiva e morte pela doença. A medida que o conhecimento vai sendo refinado, permite-se que ocorra o desenvolvimento de estratégias de tratamento mais racionais e mais efetivas para determinado tipo de câncer de mama. O trastuzumabe foi desenvolvido e testado dentro do conceito de terapias-alvo para o câncer de mama, seguindo os preceitos básicos necessários para o desenvolvimento e o teste de novas drogas em seres humanos. Desta forma, e incontestável o seu beneficio e a necessidade de sua incorporação pelo Sistema Único de Saúde no Brasil. Além disso, de acordo com os estudos citados recomenda-se que o trastuzumabe seja administrado pelo período por um ano e por isso a Femama acredita que as pacientes do SUS devam receber o tratamento completo da mesma forma que as pacientes dos convênios (saúde suplementar).

Referências:
(1)Nahta R, Esteva FJ. HER-2-targeted therapy: lessons learned and future directions. Clin Cancer Res 2003; 9(14):5078-5084.

(2) Pietras RJ, Arboleda J, Reese DM, et al. HER-2 tyrosine kinase pathway targets es- trogen receptor and promotes hormone- independent growth in human breast can- cer cells. Oncogene 1995;10:2435-46.

(3) Hudziak RM, Lewis GD, Winget M, Fendly BM, Shepard HM, Ullrich A. p185HER2 monoclonal antibody has anti- proliferative effects in vitro and sensitizes human breast tumor cells to tumor necro- sis factor. Mol Cell Biol 1989;9:1165-72.

(4) Hancock MC, Langton BC, Chan T, et al. A monoclonal antibody against the c-erbB-2 protein enhances the cytotoxicity of cis-diamminedichloroplatinum against human breast and ovarian tumor cell lines. Cancer Res 1991;51:4575-80.

(5) Pegram MD, Pienkowski T, Northfelt DW, et al. Results of two open-label, mul- ticenter phase II studies of docetaxel, plat- inum salts, and trastuzumab in HER2- positive advanced breast cancer. J Natl Cancer Inst 2004;96:759-69.

(6) Robert N, Leyland-Jones B, Asmar L, et al. Randomized phase III study of tras- tuzumab, paclitaxel, and carboplatin com- pared with trastuzumab and paclitaxel in women with HER-2-overexpressing meta- static breast cancer. J Clin Oncol 2006; 24:2786-92.

(7) Tripathy D, Slamon DJ, Cobleigh M, et al. Safety of treatment of metastatic breast cancer with trastuzumab beyond disease progression. J Clin Oncol 2004;22:1063-70.

(8) Slamon DJ, Leyland-Jones B, Shak S, et al. Use of chemotherapy plus a mono- clonal antibody against HER2 for meta- static breast cancer that overexpresses HER2. N Engl J Med 2001;344:783-92.

(9) Romond EH, Perez EA, Bryant J, et al. Trastuzumab plus adjuvante chemotherapy for operable HER2-positive breast cancer. N Engl J Med 2005; 353:1673-1684.

(10) Piccart-Gebhart MJ, Procter M, Leyland-Jones B, et al. Trastuzumab after adjuvant chemotherapy in HER2-positive breast cancer. N Engl J Med 2005; 353(16):1659-1672.

(11) Joensuu H, Kellokumpu-Lehtinen PL, Bono P, et al. Adjuvant docetaxel or vinorelbine with or without trastuzumab for breast cancer. N Engl J Med 2006; 354(8):809-820.

(12) Slamon D, Eiermann W, Robert N et al. Adjuvant trastuzumab in HER2-positive breast cancer. N Engl J Men 2011;365:1273-83.

(13) Slamon DJ, Clark GM, Wong SG, Levin WJ, Ullrich A, McGuire WL. Human breast cancer: correlation of relapse and survival with amplification of the HER-2/neu on- cogene. Science 1987;235:177-82.

(14) van de Vijver MJ, He YD, van ’t Veer LJ, et al. A gene-expression signature as a pre- dictor of survival in breast cancer. N Engl J Med 2002;347:1999-2009.
 

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