A falta de informação dos homens com a doença faz com que o tumor seja diagnosticado em estágio bastante avançado, o que dificulta o tratamento
O número de homens diagnosticados com câncer de mama é bastante inferior ao das mulheres, entretanto, na maioria dos casos o tumor encontra-se bastante avançado. A estimativa é que para cada 100 casos da doença em mulheres, exista um em homem. Segundo o estudo “Câncer no Brasil – Dados dos Registros de Base Populacional”, editado pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer), em 1997, São Paulo registrou 30 casos de câncer de mama em homens e 4731 em mulheres. Um ano depois, o número de homens acometidos pela doença cresceu para 45; já o de mulheres aumentou para 4.959, ou seja, houve um aumento de 50% nos homens e de 4,8% nas mulheres.
“A glândula mamária masculina geralmente é atrofiada, com hormônio feminino (estrógeno) baixo em relação às mulheres, não se caracterizando o câncer de mama um problema de saúde pública como para as mulheres”, explica Dra. Maira Caleffi, mastologista e presidente da FEMAMA, Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama. A percepção de um caroço (tumor) no homem fica mais fácil que em mulheres. Como normalmente é indolor, o tumor pode ser confundido com outras doenças, principalmente com a ginecomastia, que consiste em um crescimento benigno das mamas nos homens, causado por uso de medicamentos ou por desequilíbrio hormonal. “Por isso é fundamental que os homens estejam atentos e informados, pois além de um caroço pode aparecer descamação do mamilo ou mesmo erosões nessa área. Para mulheres além do auto-exame com palpação mensal recomenda-se mamografia anual a partir dos 40 anos”, afirma Caleffi.
A mãe e a tia paterna de Augusto Silva Viola Alves desenvolveram câncer de mama e estão curadas, frequentando anualmente o mastologista. Independente do histórico familiar, Augusto de preocupa com a saúde e visita o médico regularmente. “Até hoje não encontrei nenhum tumor nas mamas, faço exames anualmente com acompanhamento de médico clínico e cardiologista desde os 18 anos e o mastologista, desde os 20 anos”, afirma Augusto, de 34 anos. O câncer de mama no homem na sua grande maioria está ligado a um componente familiar (hereditário), com vários tipos de câncer associados. Insuficiência hepática, cirrose, uso abusivo de álcool, aumento súbito de peso (circunferência abdominal), devido a um problema no metabolismo hormonal, podem ficar mais suscetível a apresentar alterações na mama. “Além disso, a ingestão do hormônio estrógeno e anabolizantes predispõe ao aumento de câncer de mama masculino. Os transexuais e usuários de medicações/suplementos em academias de musculação pertencem ao grupo de risco de desenvolver o tumor. O hormônio provoca o crescimento do botão mamário, podendo haver erro na mensagem genética, o que favorece o crescimento do tumor”, alerta Maira.
A recomendação para os homens é semelhante ao das mulheres “evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas e anabolizantes, não fumar, praticar exercícios físicos e ter uma dieta balanceada com controle de peso”, explica a presidente da FEMAMA.
Sobre a FEMAMA
A Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, FEMAMA, é uma associação civil, sem fins econômicos, que busca reduzir os índices de mortalidade por câncer de mama no Brasil. Está presente na maioria dos estados brasileiros por meio de ONGs associadas, atuando na articulação de uma agenda nacional única para influenciar a formulação de políticas públicas de atenção à saúde da mama.
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