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Pesquisa do Instituto Oncoguia mostra que 81% dos brasileiros já teve contato com o câncer

O câncer está cada vez mais próximo de todos nós. É o que aponta uma pesquisa do Instituto Oncoguia, que mostra que 81% dos brasileiros têm contato direto com uma pessoa com câncer, sendo que aproximadamente dois terços desse total são parentes de pacientes com a enfermidade. A pesquisa, realizada pelo Ibope, será um dos temas de cinco eventos regionais, Fórum de Políticas de Saúde em Oncologia, que acontecerá nas regiões cinco regiões brasileiras no segundo semestre.

Os eventos reunirão pacientes, familiares e representantes de instituições de saúde, entidades de classe, sociedades médicas, governo e gestores públicos para debater os principais desafios e prioridades do diagnóstico ao tratamento de pacientes oncológicos no SUS e na saúde suplementar. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas.

Pesquisa “O câncer e a população brasileira: percepções, sentimentos e impactos”

O câncer toca a vida de muitas pessoas. A cada dez pessoas, seis têm um parente que vive com a doença. “O câncer é prevalente entre os brasileiros, mas ainda não é uma prioridade para o País”, explica Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia. Tornar o câncer uma prioridade no Brasil vai além de oferecer o melhor tratamento, mas inclui também a oferta de um cuidado integrativo e humano, que olha para o paciente em sua totalidade. “Isso implica oferecer cuidados psicológicos, nutricionais, esportivos, enfim, multidisciplinares”, diz.

Enquanto 100% dos entrevistados da pesquisa do Oncoguia conhecem a doença, ainda há muito desconhecimento sobre o que causa o câncer, por exemplo. Apesar da ampla divulgação sobre os avanços no diagnóstico e tratamento, um terço dos brasileiros acredita que o câncer é causado por traumas psicológicos (32%), uma causa que não tem comprovação científica. Parece óbvio para a maioria esmagadora que o cigarro pode causar câncer, mas ainda há 8% dos entrevistados que desconhecem essa associação. E há uma dúvida preocupante entre os participantes da pesquisa sobre obesidade e câncer: apenas um terço entende que os dois estão relacionados.

Esse desconhecimento fomenta a percepção mais negativa sobre o câncer entre os brasileiros. Existe uma parcela da população que acredita que o tratamento contra os tumores avançou pouco nas últimas décadas. Para um terço dos entrevistados, o câncer ainda é “uma sentença de morte”, e receber a notícia de que se tem a doença “significa sofrer e ter muita dor”. “Precisamos mudar esses conceitos, essa forma de olhar para o câncer somente atrapalha a prevenção e o apoio a quem está enfrentando a doença” diz Luciana. Aproximadamente 38% dos entrevistados ainda têm essa percepção.

A Oncologia mudou muito nos últimos anos, tivemos grandes avanços na luta contra a doença, contamos com tratamentos mais eficazes, específicos para os subtipos de tumores de cada paciente. Cada vez mais brasileiros estão atentos a essa realidade, com 60% dos respondentes enxergando o câncer de forma positiva, mais próximo da realidade atual.

Qualidade de vida – Uma vez que mais de 60% dos brasileiros têm um parente com câncer, a pesquisa abordou o que os familiares acreditam ser os aspectos mais afetados na vida do paciente que luta contra o tumor. Para 81% dos parentes, a principal questão é a qualidade de vida, que engloba impacto importante em aspectos emocionais e físicos. Nessa pesquisa, os pontos mais impactantes para o paciente, na opinião dos familiares, foram a questão emocional (51%), física (19%) e menção direta da qualidade de vida (11%). Para a população geral, um terço acredita que a vida financeira do paciente é afetada pela doença. “Como um paciente vai conseguir enfrentar e superar o câncer se estiver deprimido e sem dinheiro? Sim, temos que olhar pra isso com urgência”, finaliza Luciana.

Diagnóstico e Tratamento – A pesquisa trouxe também informações importantes sobre os gargalos que os pacientes enfrentam hoje para o diagnóstico e tratamento contra o câncer. Mais da metade dos entrevistados acredita que não é possível uma pessoa diagnosticar rapidamente um tumor por conta da falta de acesso a exames (55%), da dificuldade de marcar consulta (52%), por não encontrar um médico para examinar os sinais e sintomas (42%) ou por não conseguir fazer uma biópsia rapidamente (30%).

Com relação ao tratamento, 73% não acham possível iniciá-lo em até 60 dias no Brasil, apesar de hoje existir uma lei que determina que a terapia deveria começar até dois meses após o diagnóstico. Os problemas apontados na pesquisa para essa demora no tratamento foram a fila de espera (78%), falta de vaga para cirurgia (46%), vaga para quimioterapia e radioterapia (25%), acesso a um especialista (24%) e acesso ao medicamento (17%).

 

Serviço:

Fórum Sudeste de Políticas de Saúde em Oncologia

Data: 13 de junho de 2019

Horário: 9h às 18h

Local: Espaço Vista – Rua Juiz Achilles Velloso 385 – Estoril – Belo Horizonte/MG.

Inscrições gratuitas: www.oncoguia.org.br/forumbh

Próximas datas:

  • Porto Alegre (RS): 2 de agosto
  • São Luiz (MA): a definir
  • São Paulo (SP): a definir
  • Manaus (AM): a definir

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